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Ao lado da Embaixada Suíça no Brasil, nossa equipe no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu realizou uma troca de conhecimento sobre plantas medicinais na Terra Indígena Xakriabá, conduzida pelo Pajé Vicente e com a participação de indígenas e moradores da comunidade da APA no entorno do Parque. A iniciativa aconteceu no último dia 14 de agosto.
Além da troca de conhecimento sobre as espécies e seus usos, a equipe pôde coletar plantas medicinais da região e visitar a casa de medicina da Aldeia Sumaré.
“Assim, concluímos mais uma etapa deste importante projeto que visa conservar as plantas medicinais da região e valorizar, assim como compartilhar, esse rico conhecimento tradicional das populações no entorno do Parque.”
Palavras da nossa equipe no Peruaçu: Antonio Carlos Ribeiro –
Agente ambiental e Viverista no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, JÉSSICA FERNANDES –
COORDENADORA DE PROJETOS DE IMPACTO E GESTÃO CLIMÁTICA e Murilo Mendes – Agente Ambiental e Administrativo no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu.
Nos dias 12 e 13 de abril, foi realizada a 44º Reunião Ordinária do Conselho Mosaico Sertão Veredas – Peruaçu na Câmara de Vereadores de São João das Missões e na Terra Indígena Xakriabá.
O conselho reuniu gestores das unidades de conservação e Terras Indígenas, representantes de organizações da sociedade civil e do poder público, lideranças locais e órgãos ambientais relacionados às 23 Unidades de Conservação e 2 Terras Indígenas que compõe esse mosaico de áreas protegidas reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente em 2009.
A reunião do mosaico é um espaço formal para gestão integrada e compartilhada desse território de quase 1,8 milhão de hectares localizado no norte de Minas Gerais e parte da Bahia. O Ekos Brasil é a secretaria executiva do Conselho do Mosaico e conduziu a reunião junto à presidência desse conselho formado pela ICMBio e IEF.
Dentre os assuntos discutidos, destacamos as duas apresentações feitas pelo Ekos. A primeira foi sobre o projeto Restauração Florestal com Ênfase em Plantas Medicinais e Frutíferas apoiado pela Embaixada Suíça. Nessa apresentação, foram apresentadas e discutidas com os conselheiros as atividades de restauração florestal, valorização do conhecimento local em medicina e ações de prevenção a incêndios.
A segunda apresentação feito pelo Ekos junto a APAE de Januária foi sobre o projeto Peruaçu: Uma Trilha para a Acessibilidade. Foram apresentados os resultados obtidos para que as pessoas com deficiência pudessem acessar o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu. O primeiro avanço a realização de um curso para os condutores e equipe do ICMBio estarem mais bem preparados para lidar com pessoas com deficiência física, auditiva, visual e/ou intelectual. O outro avanço foi com o desenvolvimento de uma cadeira adaptada para levar pessoas com deficiência ao longo de trilhas que tenham escadas e sejam íngremes.
Confira alguns cliques das apresentações dos projetos para o Mosaico Sertão Veredas Peruaçu:
Desde 2021 o Instituto Ekos Brasil compõe a Secretaria Executiva do Conselho do Mosaico de Áreas Protegidas Sertão Veredas Peruaçu, mas a nossa relação com a região já possui quase duas décadas. Por isso, podemos dizer que nossa ligação com a área não é apenas de trabalho, mas é também cheia de afeto e dedicação pela natureza e pelas comunidades que ali habitam.
E para nós é motivo de muito orgulho ver que o Mosaico Sertão Veredas Peruaçu acumula alguns “títulos”, tamanha sua importância em âmbito nacional e internacional para a conservação. Um deles é o de Floresta Modelo, atribuído em 2005, sendo umas das seis existentes no Brasil.
Uma Floresta Modelo é uma plataforma de gestão territorial que contempla processos sociais, inclusivos e participativos tendo em vista o desenvolvimento sustentável. Essas florestas atuam especialmente por três dos 17 ODSs: erradicação da pobreza (1), combate às alterações climáticas (13) e vida sobre a terra (combate à desertificação – 15).
De caráter público-privadas, intersetoriais, voluntárias e de governança participativa, essas áreas estão ligadas em redes, sendo a rede internacional composta por 60 florestas em 35 países. No caso do Brasil, temos seis florestas na Rede Nacional de Florestas Modelo (criada em 2019), que por sua vez compõem a Rede Latino-Americana, com 36 florestas. Ao todo, contemplam aproximadamente 10,7 milhões de hectares, com elevada sociobiodiversidade, distribuídas nos biomas da Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado, Caatinga e Pantanal e abrigam uma população superior a 1,5 milhão de pessoas.
Localizada no norte e noroeste de Minas Gerais e parte do sudoeste da Bahia, à margem esquerda do Rio São Francisco com área total de 1.783.799 hectares e perímetro de 1.210 km, nossa floresta tem como bioma predominante o Cerrado e abriga uma grande quantidade de aves e mamíferos, muitos em extinção. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Florestais, ali vivem cerca de 70 mil pessoas que sobrevivem da produção agrícola, apícola e avícola, da fabricação de carvão vegetal, extração de pequi e buriti.
A governança da Floresta Modelo na região auxilia no monitoramento ambiental, na prevenção e controle de incêndios florestais, na produção sustentável de mel de abelha e na extração do babaçu, além de ajudar a promover o artesanato regional.
Apenas para citar algumas das atividades desenvolvidas a partir da Floresta Modelo, estão a estruturação do Centro Comunitário de Extrativismo e Artesanato do Cerrado de Pandeiros; o apoio à implementação de pequenas unidades familiares de criação de aves, caprinos e ovinos por meio da Cooperativa de Produtores Agroextrativistas do Projeto COOPAE; a implementação da unidade de processamento integral do babaçu; e a organização, estruturação e capacitação de associações comunitárias.
Cada Florestas Modelo no Brasil e ano de criação:
A Floresta Modelo Mata Atlântica (MG) | 2004 |
Floresta Modelo Mosaico Sertão Veredas Peruaçu (MG/GO/BA) | 2005 |
Floresta Modelo Caçador (SC) | 2013 |
Floresta Modelo Amazonas Tapajós (PA) | 2017 |
Floresta Modelo da Hileia Baiana (BA/ES) | 2019 |
Floresta Modelo Pantanal (MS) | 2021 |
Criada em 2019, a rede brasileira nasce com o objetivo principal de orientar e apoiar o funcionamento e a governança do conjunto das Florestas Modelo existentes no país e daquelas que venham a ser criadas.
Além disso, deve apoiar a gestão e governança de seus membros, reconhecer as práticas e ações de sucesso com o intuito de replicá-las em outras Florestas Modelo, promover intercâmbios e eventos e apoiar a criação de novas Florestas Modelo. A Rede vem sendo fortalecida para que as Florestas Modelo continuem valorizando a biodiversidade e os povos tradicionais, mitigando os impactos das mudanças climáticas e promovendo a bioeconomia.
O Instituto Ekos Brasil apoia e participa das iniciativas da Rede Brasileira de Florestas Modelo, representando a Floresta Modelo Sertão Veredas Peruaçu.
Para saber mais e saber como apoiar nosso trabalho na região, entre em contato com a gente!
Que a região do Peruaçu (MG) é rica em atrativos naturais e culturais é um consenso. Agora, você sabia que por lá são encontradas inúmeras folhas, cascas, resinas e raízes com valores medicinais? Com o intuito de conservar e resgatar essa cultura tradicional ao lado dos povos originários e população local da região, profissionais do Instituto Ekos Brasil decidiram utilizar plantas medicinais para recuperar áreas degradadas do Peruaçu.
Murilo Mendes e Antônio Carlos Ribeiro são da equipe do Instituto Ekos Brasil e ficam no escritório do Instituto na comunidade Fabião II, em Itacarambi (MG).
“O conhecimento das plantas medicinais está se perdendo. Às vezes, temos que ir para a farmácia e encontrar um remédio que está no nosso jardim”, comenta Murilo sobre o impacto que o projeto pode trazer na região.
O primeiro passo de articulação para a definição do futuro projeto foi a ida à campo para conhecer, principalmente, plantas medicinais originárias da região, algumas raras de ser encontradas e ameaçadas pelo desmatamento e degradação ambiental. Para isso, contaram com o apoio da mestrando do ESCAS, IPÊ, Lara Zamparo Franco, e do Seu Norinho, como é carinhosamente conhecido, que mora há mais de 30 anos na área, antes mesmo de se tornar o PNCP.
“Há cavernas do parque que só ele conhece”, relata o também viveirista do Ekos Antônio.
Por sua expertise, Seu Norinho hoje reside no Centro de Pesquisas e convive costumeiramente com pesquisadores e pesquisadoras que escolhem o Peruaçu como ponto de estudo. Além de Norinho, o Pajé Vicente de uma das aldeias, abriu as portas da aldeia para compartilhar seus conhecimentos sobre a vegetação nativa e se colocou à disposição para coletar sementes que servirão para recuperar as áreas degradadas do Parque.
“Seu Norinho não conhecia o Pajé Vicente e os dois tinham os mesmos conhecimentos. Isso é mais um impulso para preservarmos essa expertise que pertence aos povos originários”, contam.
Uma das atividades realizadas para valorização e disseminação desse conhecimento sobre plantas medicinais envolveu os alunos e as alunas da Escola Estadual Saturnino Ângelo Da Silva. As turmas participaram de um oficina no Ekos sobre plantas medicinais e preparam mudas para serem futuramente plantas nas dependências do Escritório do Instituto Ekos Brasil e na escola, para que os grupos visitantes possam conhecer mais uma riqueza do Peruaçu.
Identificar, coletar e produzir as mudas requer dedicação e empenho de toda uma comunidade, isso porque o encontro de três biomas no Parque e na APA (Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica) faz com que num raio de 50Km sejam encontradas impressionante diversidade de plantas medicinais. Um exemplo é o Pacari, uma planta com propriedades benéficas para o estômago que é encontrada em abundância apenas nos arredores da aldeia de Pajé Vicente.
“É de grande importância trazer a recuperação não somente das plantas, mas deste conhecimento, para que a comunidade valorize cada dia mais o que lhe pertence”, acredita Antônio.
A dupla narra que na região ainda encontram-se famílias com a cultura de desmatar a terra para o gado e que esse fogo corre o risco de atingir locais onde os povos indígenas coletam suas plantas medicinais. “Se eles perderem essa terra, eles perdem sua farmácia natural.”
Até o mês de novembro, Murilo e Antonio coletaram nove amostras de plantas com propriedades diferentes que melhoram desde dor de dente até a recuperação de gripe. Ao mesmo tempo forma coletadas sementes e forma produzida mudas para serem plantadas onde é necessária a recuperação da vegetação da Terra Indígena e da APA.
Tanto Murilo como Antônio não sabem até onde este trabalho pode chegar, mas ambos carregam a certeza de que se conseguirem recolher os conhecimentos existentes na região do Peruaçu e mostrar para os alunos e para a comunidade sua relevância, já sentirão enorme satisfação de saber que este rico conhecimento não será perdido: será replantado.
Acompanhe os desdobramentos dessa ideia conosco.
Instituto Ekos Brasil foi convidado para participar do seminário interno do Observatório de Parcerias em Áreas Protegidas.
O Instituto Ekos Brasil foi convidado para participar do seminário interno do Observatório de Parcerias em Áreas Protegidas – OPAP, em encontro virtual que ocorreu dia 07 de outubro. O OPAP é um núcleo de pesquisa e de difusão de informação e práticas, que reúne professores e pesquisadores de diferentes instituições públicas de ensino superior brasileiras com o objetivo de promover o conhecimento sobre o tema das parcerias em áreas protegidas, a partir da contribuição da pesquisa, ensino e extensão.
Neste encontro, pudemos apresentar o Termo de Parceria estabelecido com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), órgão gestor das Unidades de Conservação do Estado de Minas Gerais, em que atuamos para a Consolidação do Parque Estadual do Rio Doce. Além disso, apresentamos a experiência do Instituto Ekos no Acordo de Cooperação com o ICMBio no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu e os aprendizados construídos ao longo de cinco anos.
Além do time Ekos, estiveram presentes professores/as e pesquisadores/as da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), Universidade de São Paulo (USP), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
Após a exposição tivemos um momento rico de diálogo, com pontos relevantes da experiência do Instituto Ekos em parcerias em áreas protegidas, considerando os aprendizados e desafios desde o ponto de uma OSCIP, além da apresentação de possíveis questões de pesquisa nessa temática.
No dia 5 de outubro, o escritório do Instituto Ekos Brasil na comunidade Fabião II, em Itacarambi/MG, sediou a 44º reunião do Conselho do Mosaico Sertão Veredas Peruaçu, a primeira presencial após os anos de distanciamento social exigidos para conter o avanço da COVID-19.
Participaram 54 representantes de organizações comunitárias, de órgãos públicos e de ONGs, dos quais 35 estiveram presencialmente e 19 virtualmente, a primeira experiência de reunião com participação híbrida, com o objetivo de ampliar as presenças. Foram diálogos bem-sucedidos que proporcionaram um reencontro de conselheiros profissionais que há mais de 2 (dois) anos não se viam.
O destaque da reunião foi o estudo realizado que identificou que as águas consumidas pelas comunidades rurais se encontram contaminadas por agrotóxicos. Caberá ao Conselho encaminhar aos órgãos competentes a solicitação de ações diante dos riscos à saúde da população e da fauna, que vivem dessa água.
Idem, foram abordadas experiências de Produção de Natureza e Bosque Modelo – como oportunidades para fortalecimento da governança do mosaico-, maior conservação do ecossistema e a promoção de oportunidade de negócios sustentáveis.
Para encerrar, foi apresentado o projeto Peruaçu – uma trilha para a sustentabilidade e solicitado o engajamento geral para a compra do Casarão onde funcionam o Centro de Artesanato e Ponto de Cultura.
Esperamos a próxima reunião com a expectativa de revermos todos de forma presencial!
Há mais de 5 anos acompanhamos de perto o desenvolvimento e a gestão do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, localizado no norte de Minas Gerais, e que tem boa parte de sua extensão no bioma Cerrado e parte na Caatinga e Mata Seca. O Vale do Peruaçu é berço de povos tradicionais e cultura local.
Nesse período de estreita relação com o parque constatamos algo muito verdadeiro, mas que pouca gente reconhece: a conservação de um Parque Nacional não é importante apenas para o Meio Ambiente ou para a mitigação das mudanças climáticas. Uma área como a do Parna Cavernas do Peruaçu é imprescindível para a manutenção de tradições locais, para a geração de renda para as comunidades do entorno e, consequentemente, para a defesa do bioma no qual se encontra.
Presenciamos nesses últimos anos como o incentivo ao turismo sustentável transformou a vida de famílias inteiras – pouco a pouco se recuperando da pandemia – trabalham como condutores, com produção de artesanato, ou abriram receptivos e pousadas. Esse impacto positivo aproximou a comunidade do parque, que por sua vez, ganhou um “batalhão” de gente empenhada na conservação do Cerrado.
Um exemplo muito significativo para nós são as Oleiras do Candeal, um grupo tradicional da região que produz potes, pratos, vasos de planta, moringas, jogos de bule e outras peças com cerâmica. Ao todo, 11 mulheres participam do projeto que se perpetua com o trabalho da terceira geração de oleiras. A proximidade com o Parna Peruaçu permite que os condutores de turismo levem os visitantes até o espaço.
“Para nós é muito importante essa conexão com o Peruaçu. Isso abriu muitas portas para comercializar e divulgar nossos produtos por meio dos visitantes. Os turistas vêm conhecer e acabam valorizando e divulgando nosso trabalho”, destacou Dona Nilda, participante do projeto.
Conheça o Cerrado, pratique o turismo sustentável visitando nossos Parques Nacionais e incentive os projetos das nossas comunidades tradicionais.
Um dia para ficar na história do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu. Em 23 de agosto deste ano, pessoas com deficiência auditiva, visual, física, intelectual e múltipla (PCDs) estrearam a trilha que agora permite aos PCDs uma interação direta com o parque.
O projeto é uma parceria entre o ICMBio, a APAE de Januária, o Instituto Ekos Brasil, o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e o Instituto Sertão Vereda com o objetivo de propiciar acessibilidade ao turismo de natureza.
O grupo percorreu a Trilha da Gruta do Janelão, cartão postal do parque, e chegou à Perna da Bailarina, a maior estalactite do mundo! A experiência contou com o auxílio da Macadeira, uma inovação desenvolvida pelo Ekos Brasil sob supervisão da APAE e do ICMBio para permitir que pessoas com deficiência motora também participassem do passeio.
“A presença de uma pessoa com deficiência na Gruta do Janelão representa a validação do direito à igualdade em oportunidades. Estar presente nessa ação é um grande aprendizado e me mostra que é preciso mobilizar todo o território do Peruaçu para torná-lo um destino acessível. Integrar uma área protegida e oportunizar sua visibilidade, faz parte do processo de desenvolvimento sustentável, pois todo mundo já sabe:'”é preciso conhecer para preservar”, comentou Isabela Martins, do Instituto Sertão Vereda
Durante o percurso, o grupo ficou admirado com as belezas do parque e também foram evidenciando outras melhorias para que a experiência seja ainda mais completa e inclusiva.
Para Roberto Palmieri, do Ekos Brasil, o projeto deve inspirar outros parques a fazer o mesmo. “Assim, mais pessoas exercerão o direito constitucional de ter acesso às áreas públicas protegidas e podem se juntar a nós no trabalho de conservação desses espaços fundamentais ao bem-estar de todos”.
Além da inclusão, o projeto também impulsiona a criação de novos negócios para atingir esse público que nos últimos anos não vem sendo considerado no turismo de natureza.
“Eu estou muito feliz. Somos mais um ser humano, mas temos valor e condições de descobrir muita coisa. Ter a oportunidade de explorar toda essa natureza, essas experiências fantásticas foi muito gratificante. Estamos só no começo e é um espelho pro mundo”, disse Helder Viana, da Apae Januária.
O Instituto Ekos Brasil reafirma seu compromisso em continuar a apoiar projetos como esse, que aproximem as pessoas com deficiência à natureza, e parabeniza o grupo que estreou a trilha!
Na primeira semana de agosto, parte do time do Ekos Brasil embarcou em São Paulo com destino a Minas Gerais para uma missão especial: levar um grupo de suíços para conhecer o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu.
Dentre os convidados estavam o embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, o ex-embaixador suíço Jean Pierre Villard, o casal Ruth e Rolf Gloor da empresa Bachema AG – doadores do Fundo Peruaçu -, além de um jornalista e um fotógrafo, também suíços.
O grupo teve a oportunidade de conhecer cenários deslumbrantes do parque como a gruta do Janelão e o Sítio Caboclo com suas pinturas rupestres de cerca de 12 mil anos. Alguns deles também se aventuraram pela Trilha do Arco do André, passando pelo mirante do Mundo Inteiro com sua vista de tirar o fôlego.
“Além disso, visitamos com eles os projetos desenvolvidos no entorno do parque e que estão sendo diretamente impactados pelo crescimento do turismo sustentável. Eles ficaram bastante impressionados com o empreendedorismo feminino na região, como as Oleiras do Candeal que confeccionam cerâmicas a partir de tradições centenárias”, disse Ana Moeri, presidente do Ekos Brasil que acompanhou a visita.
A imersão ambiental e cultural continuou com um passeio pelo Rio São Francisco que mostrou aos suíços a importância do velho Chico para o desenvolvimento da região e para a conservação da biodiversidade.
Por que a Suíça?
Lazzeri, o embaixador suíço, é um entusiasta em temáticas relacionadas à sustentabilidade e representa um país que se destaca pela inovação, tecnologia verde e turismo. “Para nós é muito importante estreitar esse relacionamento e pensarmos juntos em parcerias que beneficiem não só a conservação de uma área como a do Peruaçu, mas em iniciativas que promovam a cooperação entre as nações pelo desenvolvimento sustentável”, completou Moeri.
Além disso, o Ekos Brasil nutre uma relação especial com o país já que Ernesto Moeri, seu fundador, era natural da Suíça – e brasileiro de coração.
A visita do grupo ao Peruaçu também se desdobrará em uma reportagem a ser publicada em uma revista semanal suíça de grande circulação.