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Iniciativa do Banco Itaú em parceria com o Instituto Ekos Brasil, o Ecomudança seleciona projetos e negócios de impacto que promovem tecnologias sociais de baixo carbono e/ou práticas de adaptação às mudanças climáticas, aliadas à geração de renda e outros benefícios socioambientais para a comunidade.
Em 2020, recebemos mais de 500 inscrições e as iniciativas abaixo foram as vencedoras deste ciclo!
Modalidade: Manejo de Resíduos
Valor do apoio: R$91.803,84
Organização: Associação de Catadores de Recicláveis – Nova Recicla
Missão da organização: ampliar a coleta e otimizar o beneficiamento de materiais recicláveis, por meio da aquisição de equipamentos para duas associações: Nova Recicla, em Manaus, e Associação Nova Esperança, no município de Iranduba. Além do aumento da coleta e beneficiamento dos resíduos, o projeto busca trazer melhores condições de trabalho, reduzindo a vulnerabilidade dos beneficiários.
O projeto: A Nova Recicla é uma associação muito bem organizada, sendo referência na região. Atende em 10 bairros de Manaus e coleta resíduos de mais de 5.000 residências fixas.
A Nova Esperança é uma associação recente, com catadores que ainda recolhem os resíduos no lixão do município e expostos à condições de extrema vulnerabilidade. Dentre os equipamentos a serem comprados estão: dois triciclos, duas empilhadeiras, EPIs e uma esteira. Além dos equipamentos, o projeto prevê a realização de capacitações sobre diversos temas, incluindo a questão de gênero.
Metas: Ao total, serão beneficiados 50 catadores, sendo 25 de cada associação.
A previsão é um aumento de 50% na coleta e beneficiamento de resíduos por ambas as associações, e consequentemente, aumento de renda para as catadoras e catadores. A expectativa é de redução da emissão de 230 tCO2e por ano.
Este projeto contribui para os seguintes ODS:
Modalidade: Floresta
Valor do apoio: R$91.803,84
Organização: Associação de Jovens Indígenas Nambiquaras – AJINA
Missão da organização: garantir a segurança alimentar e geração de renda à famílias indígenas, por meio da implantação de 5 roças agroflorestais coletivas em 5 aldeias de duas terras indígenas: Nambikwara e Vale do Guaporé, promovendo técnicas agroecológicas alternativas ao desmatamento e a degradação do solo. Serão implantados 10 hectares de Sistemas Agroflorestais.
O projeto: As Terras Indígenas estão envoltas pelo agronegócio e as aldeias sofrem grandes pressões tanto por esse setor, como pelo comércio de madeira ilegal. Nesse contexto, o projeto se apresenta como uma alternativa sustentável de geração de renda.
Em algumas aldeias, ainda são usadas práticas como corte e queima e uso de agrotóxico, o que também é um dos maiores causadores de incêndios da região. Diante deste cenário, o projeto prevê a implantação de 10 hectares de Sistemas Agroflorestais, a reativação de um viveiro de mudas e capacitações sobre técnicas agroecológicas e intercâmbio entre as aldeias para troca de conhecimento.
Metas: o projeto visa beneficiar 100 jovens indígenas das 5 aldeias, por meio da geração de renda em até 50%, além da disponibilidade de uma alimentação saudável e diversificada. Serão conservados 20 hectares de floresta nativa e recuperados 10 hectares por meio das agroflorestas. O projeto prevê a redução da emissão de 83 tCO2e por ano.
Este projeto contribui para os seguintes ODS:
LINHA DE APOIO À NEGÓCIOS DE IMPACTO
Categoria: Energia Renovável
Valor do apoio: R$91.803,84
Organização: COOPCERRADO
Objetivo: Aproveitar os resíduos de frutos do cerrado (baru, jatobá e outros) como biomassa vegetal em substituição ao coque de petróleo em indústrias cimenteiras, mitigando emissões de CO2 e outros gases de efeito estufa gerados pela queima de combustíveis fosseis.
O recurso será utilizado na compra de equipamentos que otimizam o trabalho de beneficiamento dessa biomassa, como: trator e triturador de resíduos de babaçu e jatobá.
Impactos esperados: incentivo a uma produção de energia limpa através do uso da biomassa como alternativa ao coque de petróleo; destinação adequada e sustentável dos resíduos dos frutos do cerrado; aumento de renda para cerca de 1.000 extrativistas e agricultores.
Principais atividades:
Metas:
Este modelo de negócio se destaca por contribuir de forma relevante para os seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável:
Dia Mundial de Combate à Desertificação
Todos os anos, no dia 17 de junho, a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD, em inglês) convida a sociedade civil e as lideranças globais a refletirem sobre os impactos da desertificação na vida da população mundial e sobre as ações possíveis de implementação para solucionar o problema.
A UNCCD define a desertificação como um processo de degradação e consequente destruição do potencial produtivo do solo de áreas áridas, semiáridas e sub-úmidas secas, resultado de fatores ambientais, como variações climáticas, mas também e principalmente, de ações humanas, como o desmatamento, a utilização de agrotóxicos, queimadas e uso intensivo do solo. Os impactos decorrentes destes processos refletem tanto no âmbito ambiental com a perda da fertilidade do solo, e da biodiversidade no âmbito socioeconômico com a perda da qualidade de vida das populações dessa região.
De acordo com a UNCCD (2020), estima-se que atualmente mais de 2 bilhões de hectares de terras antes produtivas estão degradadas em todo o mundo. No Brasil, os dados também são alarmantes. Em estudo publicado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE, 2016), o Semiárido brasileiro, região que abrange cerca 1.323.975,4 km², especialmente nos estados de Alagoas, da Bahia, do Espírito Santo, do Maranhão, de Minas Gerais, da Paraíba, de Pernambuco, do Piauí, do Rio Grande do Norte, de Sergipe e do Ceará está sujeito a secas periódicas e conta com terras em estágio avançado de degradação e desertificação.
O tema da desertificação, por apresentar dados preocupantes e por se tratar de um problema global, com forte influência no equilíbrio dos ecossistemas do planeta, ganhou uma meta específica dentro do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 15: “até 2030, combater a desertificação, restaurar a terra e o solo degradado, incluindo terrenos afetados por desertificação, secas e cheias, e lutar para alcançar um mundo neutro em termos de degradação do solo” (meta 15.3).
O Instituto Ekos Brasil, por meio dos programas Ecomudança e Compromisso com o Clima, além de outras frentes de atuação, lida diretamente com projetos de desenvolvimento sustentável no Semiárido brasileiro e, por isso, auxilia com frequência as comunidades locais a implementar diferentes tipos de tecnologias sociais que contribuem para o combate à desertificação e fortalecem a convivência com o semiárido.
As tecnologias sociais são “um conjunto de técnicas, metodologias transformadoras, desenvolvidas e/ou aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para a inclusão social e melhoria das condições de vida”. (SEBRAE, 2017)
Abaixo, listamos 13 destas metodologias que estão descritas no site da Embrapa, assim como seus benefícios.
Recuperação da mata ciliar
Controla a erosão das margens das calhas dos rios e riachos, controla o aporte de nutrientes e de produtos químicos carreados aos cursos d’água, protege a zona ripária e filtra os sedimentos e nutrientes.
Reflorestamento
Regulariza do ciclo hidrológico, previne a erosão, protege à fauna, melhora as condições geoambientais, incentiva à apicultura, controla os níveis de degradação do solo e da vegetação, aumenta os recursos hídricos, reduz os prejuízos na agricultura relacionados com enchentes, aumenta o estoque sustentável de madeira legal, sequestra CO2 e reduz o efeito estufa.
Quintais produtivos
Proporcionam maior diversificação da produção e menos riscos, favorecem a proteção dos solos contra efeitos erosivos, aumentam a ciclagem e disponibilidade de nutrientes, ficam próximos à moradia do produtor, melhoram a qualidade do alimento em função da não utilização de agrotóxicos e ainda auxiliam na segurança alimentar do rebanho.
Veja um exemplo de projeto com implementação de quintais florestais.
Sistemas Agroflorestais (SAFs)
Seus custos de implantação e manutenção são reduzidos, permitem produção diversificada, aumentam a renda familiar e melhoram a alimentação, favorecem a recuperação da produtividade de solos degradados por meio de espécies arbóreas implantadas, melhoram a estrutura e fertilidade do solo devido à presença de árvores que atuam na ciclagem de nutrientes, reduzem a erosão laminar e em sulcos, aumentam a diversidade de espécies e aumentam a produtividade, devido a fatores interligados do sistema (sombra + conforto animal).
Veja um exemplo de projeto com SAFs.
Barragem subterrânea
Permite economia na construção, menor perda de água por evaporação (não existindo “espelho d’água a insolação quase não atua) e proporcionam maior proteção da água contra a poluição bacteriana superficial (já que a água fica armazenada na sub-superfície).
Veja cinco exemplos de projetos bem-sucedidos que utilizam tecnologias sociais
Barragens sucessivas
Reduzem o assoreamento dos reservatórios e rios, promovem a dessalinização ou a fertilização gradual do solo e a oferta de água em quantidade e qualidade nos tributários ou riachos da microbacia hidrográfica, colaboram com o ressurgimento da biodiversidade da Caatinga, favorecem a disponibilidade diversificada de alimentos no fundo dos vales (reduzindo a pressão da vida animal sobre a vegetação, nas vertentes da microbacia hidrográfica) proporcionam disponibilidade de água para o consumo animal, segundo uma distribuição temporal e espacial satisfatória.
Barraginha / Barreiro
Melhora a qualidade do solo por acumular matéria orgânica, mantém o microclima ao redor da barraginha mais agradável, e a umidade no entorno também é favorável ao plantio de grãos, frutas, verduras e legumes.
Barreiro trincheira
Armazena água da chuva para a dessedentação animal e para a produção de verduras e frutas que servirão à alimentação da família, garantindo a soberania e segurança alimentar.
Captação in situ
Controla a erosão, conserva o solo, permite maior disponibilidade de água para as plantas, aumentando a resistência aos veranicos, possui baixo custo de implantação, e favorece a recarga do lençol d’água.
Cisterna calçadão
Possui baixo custo e fácil construção. A água pode ser utilizada para irrigar quintais produtivos, plantar fruteiras, hortaliças e plantas medicinais, e para criação de animais. Pode-se fazer irrigação de salvação, utilizar a água para sistemas simplificados de irrigação, e utilizar o calçadão para secagem de produtos como feijão, milho, goma e a casca e a maniva da mandioca que, passadas na forrageira, servem de alimento para os animais e para outros usos.
Poços rasos
Contribuem para manter a família de pequenos produtores rurais no campo e ampliam a renda familiar a partir da produção contínua de frutas e hortaliças.
Isolamento da área
Conduz à regeneração natural e enriquecimento da área para incremento da biodiversidade.
Cordões de pedra em contorno
Adequado a pequenas propriedades, controla o volume e a velocidade das enxurradas (deposição e retenção de uma massa de sedimentos sobre a área onde são construídos), modifica o micro-relevo na faixa compreendida entre os cordões, permite o aumento da profundidade efetiva sobre a área de deposição, ajuda na melhoria das propriedades físico-químicas do solo, sobre a área de deposição.
Fontes:
https://www.cgee.org.br/documents/10195/734063/degradacao-neutra-terra.pdf
https://mma.gov.br/perguntasfrequentes?catid=19
https://www.unccd.int/actions/17-june-desertification-and-drought-day
Por Jéssica Fernandes e Cibele Lana
A Caatinga, em tupi guarani “mata branca” (por sua coloração em épocas de seca) comemora hoje, dia 28 de abril, o seu dia!
Exclusivamente brasileiro e característico da região Nordeste, esse bioma ocupa 11% do território nacional (844.453 km²) e apresenta uma grande biodiversidade, com destaque para fauna e flora com alta capacidade de adaptação durante os longos períodos de seca. São mais de 900 espécies vegetais, quase 600 espécies de aves e outras 178 de mamíferos e répteis.
A Caatinga abriga cerca de 27 milhões de pessoas que dependem de seus recursos naturais para sobrevivência. Com 80% do seu ecossistema original alterado pelo desmatamento e pelas queimadas, esse bioma precisa urgentemente de alternativas sustentáveis que busquem a boa convivência com o semiárido e que combatam a desertificação, um dos maiores problemas que acometem esta região.
Duas dessas alternativas são conduzidas pela Associação Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú e apoiadas pelo Programa Ecomudança. Assim como outros, o Ecomudança é um programa que busca promover e implementar tecnologias sociais pelo Brasil a fim de melhorar a qualidade de vida das pessoas. No caso da caatinga, um grande contributo à diminuição do êxodo rural.
Com o foco em mulheres agricultoras, das zonas rurais e periféricas do Sertão do Pajeú, no interior de Pernambuco, a Associação Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú trabalha em diversas frentes para aumentar a produção de alimento, gerar renda às famílias das agricultoras e proteger o meio ambiente por meio de formações e projetos que envolvem tecnologias sociais.
[su_quote]“Nossa atuação se dá em 11 municípios da região em um contexto marcado pela invisibilidade do trabalho das mulheres. Todas as agricultoras fazem o trabalho doméstico e nossa atuação não é reconhecida ou valorizada. Por isso, queremos empoderar as mulheres”, contou Ana Cristina Nobre dos Santos, uma das coordenadoras.[/su_quote]
Menos cinza e mais verde
Se tem uma questão que toca a todos na caatinga, e de forma especial às mulheres que zelam pela sobrevivência de suas famílias, é a água. Por isso, a Rede priorizou um projeto de tratamento e reutilização da água cinza, aquela que vai embora pelas pias e ralos e que, na região, pela falta de encanamento e saneamento, é desperdiçada e empoça nos próprios quintais das famílias, causando mau cheiro.
O projeto implementou biofiltros e agora a água cinza é reutilizada na rega de plantas frutíferas e nativas, aumentando a produção de alimento para as famílias de cerca de 22 mulheres agricultoras, sem contar os benefícios ao meio ambiente.
Elizabete Ferreira Nobre, também coordenadora da Rede não esconde o orgulho de desenvolver projetos com as mulheres da caatinga. [su_quote]“Escolher trabalhar com um público que foi excluído ao longo da história e poder fazer alguma coisa junto com elas é muito bom. E ainda poder cuidar do meio ambiente. Fico muito feliz de ter seguido esse caminho de trabalhar com as mulheres”. [/su_quote]
Água fonte de vida
O segundo projeto desenvolvido pela Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú, com o apoio do Ecomudança, atende a um desejo antigo das mulheres da comunidade da região: a proteção das nascentes que abastecem o Rio Pajeú.
As nascentes estavam sofrendo com a ação de pessoas que vinham de todos os lugares buscar água e acabavam poluindo e entupindo a fonte. Sem cercamento, os animais também destruíam a mata ao entorno, prejudicando as nascentes.
Com o projeto, as nascentes foram cercadas e a mata ao redor, reflorestada.
[su_quote]“Hoje, as mulheres recebem visitas para conhecer as nascentes e destacam a questão ambiental na região. Com elas, já estamos vendo uma política pública junto à Câmara Municipal para proteção dessas áreas”, comemora Ana Cristina.[/su_quote]
O projeto tinha como foco principal cerca de 22 mulheres, mas o envolvimento foi tão grande que a formação social e ambiental chegou a quase 40 delas.
[su_quote]“Nesses últimos anos (ao trabalhar nesses projetos), tive a oportunidade de refletir sobre várias questões junto com as mulheres como reflorestamento e soberania alimentar, além de trocar muitas experiências cotidianas e do campo pessoal. Pude realmente conhecer a realidade de cada uma”, destaca Ana Cristina.[/su_quote]
E então, a ligação que proporcionava a nossa entrevista caiu. Logo depois, chegou a explicação. Um vídeo enviado por elas mostrava uma chuva torrencial que encharcava o solo da caatinga. Um presente especial para comemorar esse dia!
“A caatinga é uma bela adormecida.
Na seca dorme profundamente.
No inverno acorda para revelar toda sua beleza cênica.”
Rosangela Silva
Fonte dos dados sobre a Caatinga: https://www.mma.gov.br/biomas/caatinga/item/191.html
O Ekos está apoiando a realização de dois editais. Um deles é vinculado ao Programa Ecomudança, programa de investimento em projetos ambientais realizado pelo Itaú Unibanco, em parceria com o Instituto Ekos Brasil e o outro está vinculado ao Programa Compromisso com o Clima e busca selecionar projetos que reduzem emissões de GEE e que gerem impactos socioambientais positivos.
De qual edital devo participar?
Embora os dois Programas tenham algumas semelhanças, já que ambos buscam projetos de baixo carbono em áreas como agricultura, floresta e uso do solo, energia e manejo de resíduos, cada edital busca iniciativas com perfil diferente. Veja como saber qual o melhor edital para você inscrever o seu projeto:
Certificação e créditos de carbono: se você possui um projeto que gera ou tem potencial de gerar créditos de carbono, sugerimos que você participe do Edital do Compromisso com o Clima.
Como posso saber se meu projeto pode gerar créditos de carbono?
Créditos de carbono são reduções de emissões certificadas segundo padrões de qualidade (standards) e metodologias internacionais. Esses padrões e metodologias definem os critérios e as metodologias para mensurar, monitorar e verificar as reduções de emissões. No Compromisso com o Clima, são aceitos os seguintes padrões de qualidade:
Se você ainda não conhece estes padrões de qualidade, sugerimos que faça uma avaliação detalhada dos seus principais requisitos. Não recomendamos que você inscreva seu projeto no Compromisso com o Clima antes de confirmar se há viabilidade técnica e financeira em desenvolver seu projeto nesses padrões.
Se o seu projeto envolve uma tecnologia social de baixo carbono mas não busca a certificação das reduções de emissões, sugerimos que você leia o Edital do Ecomudança. Nesse edital, a certificação das reduções de emissões não é exigida. Além disso, o Ecomudança possui uma linha de apoio para negócios de impacto direcionados às mesmas áreas de atuação. Se você tiver um negócio de impacto envolvendo tecnologias de baixo carbono, conheça o edital Ecomudança para apoio à negócios de impacto.
Forma de apoio:
Os projetos selecionados no Edital do Programa Compromisso com o Clima são apoiados exclusivamente pela venda das Reduções de Emissões (ou créditos de carbono) para as empresas que participam do Programa. Ou seja, normalmente o Proponente de Projeto deverá passar por todo o ciclo de desenvolvimento e implantação do do projeto e depois pela certificação das reduções de emissões para então comercializar os créditos de carbono.
Na maioria dos casos, o Proponente do Projeto não contará com o recurso financeiro para as etapas iniciais do projeto. Ao invés disso, os créditos de carbono são um mecanismo de pagamento por resultados já atingidos.
Atualmente, o Programa tem como apoiadores institucionais a B3, o Itaú Unibanco, as Lojas Renner, a Natura Cosméticos e a MRV. Estas empresas apoiarão um ou mais dos projetos selecionados no Edital para comprar os créditos de carbono na quantidade que julgarem necessária. Logo, não existe um orçamento ou quantidade de recurso previamente estabelecida, isso dependerá da quantidade créditos de carbono que o projeto comercializar para as empresas participantes do Programa.
Agora, se você estiver buscando recursos financeiros para implantar o seu projeto, sugerimos que leia o Edital do Ecomudança. Neste Programa, o Itaú repassa, de forma não reembolsável, até R$100 mil para o desenvolvimento de projetos.
Escala das reduções de emissões:
Como os créditos de carbono exigem um processo longo e custoso de certificação, a maioria dos projetos é de grande escala. Isso porque os projetos que geram grandes quantidades de reduções de emissões (redução de milhares ou centenas de milhares de toneladas de CO2e por ano) conseguem recuperar o investimento pela venda de grande quantidades de créditos de carbono ao longo dos anos.
São exemplos de projetos apoiados pelo Compromisso com o Clima: usinas de de geração de energia renovável de grande porte; projetos de troca de combustível em indústrias; conservação de grandes áreas de floresta (milhares ou dezenas de milhares de hectares) em regiões com altos índices de desmatamento.
Já no Ecomudança, os projetos apoiados normalmente são menores em escala (mas nem por isso geram resultados menos importantes). São exemplos de projetos apoiados pelo Ecomudança: implantação de Sistemas Agroflorestais ou de produção agroecológica envolvendo agricultores familiares; projetos de aproveitamento da luz solar em residências ou atividades produtivas de pequena escala; instalação de biodigestores de pequena escala para uso do gás em fogões.
Em nosso entendimento, os projetos do Compromisso com o Clima e do Ecomudança apresentam um perfil bastante complementar. Os projetos do Compromisso com o Clima fornecem reduções de emissões em grande quantidades e permitem que o apoio seja proporcional às emissões a serem compensadas.
Já os projetos do Ecomudança possibilitam beneficiar famílias e comunidades a utilizar tecnologias que impactam positivamente nas suas vidas, gerando renda e oportunidades e mitigando importantes problemas socioambientais que estas comunidades enfrentam. Em muitos casos, os projetos do Ecomudança atuam positivamente na adaptação das comunidades às mudanças climáticas, auxiliando a reduzir os impactos negativos que as alterações no clima poderão causar no seu meio de vida e de sustento.
Reconhecemos o importante papel desempenhado por todos os projetos apoiados nestes dois Programas. Cada um deles apresenta um potencial para gerar impactos socioambientais positivos e reduzir emissões de GEE.
Encorajamos todos aqueles que desejam atuar efetivamente em relação às mudanças climáticas a inscrever seus projetos nos editais do Ecomudança ou do Compromisso com o Clima, conforme o perfil do projeto. Estamos sempre à disposição para ajudá-lo a gerar impactos positivos e atuar de forma efetiva quanto aos desafios impostos pelas mudanças climáticas.
Desde 2009, o Itaú Unibanco, em parceria com o Instituto Ekos Brasil, seleciona iniciativas que reduzem emissões de Gases de Efeito Estufa para receberem aportes de investimento provenientes da destinação de uma porcentagem das taxas administrativas dos fundos de renda fixa Itaú Ecomudança. O objetivo do banco é transformar os investimentos dos clientes em benefício para a sociedade.
O processo seletivo em 2020 acontece de 30 de março a 30 de abril. Podem se inscrever organizações – sociais, fundações e associações, inclusive as que atuam como movimentos sociais – e cooperativas. Buscamos por projetos:
[su_service title=”Projetos de agricultura sustentável” icon=”icon: check-circle-o” icon_color=”#6094a1″]Produção de alimentos saudáveis, agricultura orgânica, fortalecimento de Arranjos Produtivos Locais, gestão da água em propriedades rurais, fortalecimento de serviços ecossistêmicos, dentre outros.[/su_service]
[su_service title=”Projetos de energia renovável” icon=”icon: check-circle-o” icon_color=”#6094a1″]Desenvolvimento de novas tecnologias e modelos de negócio para viabilizar o uso de fontes renováveis de energia.[/su_service]
[su_service title=”Projetos de floresta” icon=”icon: check-circle-o” icon_color=”#6094a1″]Recuperação de florestas nativas, implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF), fortalecimento de cadeias de produtos florestais não madeireiros e de serviços ecossistêmicos em ambientes naturais e urbanos, dentre outros.[/su_service]
[su_service title=”Projetos de manejo de resíduos” icon=”icon: check-circle-o” icon_color=”#6094a1″]Destinação adequada e/ou o uso alternativo de resíduos. Iniciativas inovadoras na gestão de resíduos também poderão ser aceitas.[/su_service]
Além disso, buscamos projetos com potencial de gerar renda para se manterem financeiramente a longo prazo, e com alto potencial de replicabilidade.
Atualmente, o Programa tem duas linhas de apoio:
[su_box title=”Apoio a projetos” box_color=”#6094a1″ title_color=”#ffffff”]Iniciativas que apresentam o desenvolvimento de uma tecnologia social com potencial de gerar renda aos beneficiários, capacidade de se manter financeiramente a longo prazo e que contenham atividades que promovam a diretamente a mitigação ou a adaptação às mudanças climáticas.
Para inscrever seu projeto, [su_highlight]acesse aqui.[/su_highlight]
[/su_box]
[su_box title=”Apoio a negócios de impacto” box_color=”#6094a1″ title_color=”#ffffff”]Negócios envolvendo tecnologias e práticas que promovam a diretamente a mitigação ou a adaptação às mudanças climáticas.
Para inscrever seu negócio de impacto,[su_highlight]acesse aqui.[/su_highlight]. [/su_box]
Se a sua organização tem um projeto ou negócio de impacto envolvendo uma tecnologia social com potencial de gerar renda aos beneficiários, capacidade de se manter financeiramente a longo prazo e que promova a diretamente a mitigação ou a adaptação às mudanças climáticas venha mostrar a sua ideia.
As abelhas, vespas e formigas polinizam as plantas e essas, quando crescem, produzem alimentos e absorvem o carbono da atmosfera. As florestas fornecem madeira, alimentos, matérias-primas medicinais e fibras. Os rios são a fonte de água doce, são usados para produzir energia e, quando navegáveis, são importantes canais de escoamento de riquezas.
A lista é infinita, mas esses poucos exemplos já nos dão uma ideia bem clara da importância de manter e preservar esses serviços ecossistêmicos.
E como hoje em dia, o incentivo à produção ainda é muito maior do que o incentivo à preservação dos recursos naturais, a prestação de serviços ambientais vem despontando como uma boa alternativa para proteger nosso meio ambiente.
De acordo com o Projeto de Lei 312/15, os serviços ambientais são iniciativas individuais ou coletivas que podem favorecer a manutenção, a recuperação ou a melhoria dos serviços ecossistêmicos.
A principal ideia é não só aplicar multas a quem polui, por exemplo, mas recompensar aqueles que preservam e mantém os recursos naturais, como pessoas que reflorestam áreas degradadas, propriedades que preservam nascentes de rios ou até mesmo catadores e suas cooperativas, que ajudam a diminuir a demanda por matérias-primas.
Em 2005, a Avaliação Ecossistêmica do Milênio, da ONU, criou uma classificação para os serviços ambientais.
Como dissemos, já existem muitos recursos para fiscalizar e punir quem degrada os serviços ecossistêmicos, mesmo que muitas vezes não aplicados.
A ideia dos Pagamentos por Serviços Ambientais é que beneficiários e usuários dos serviços ambientais, como governos e toda a população em geral, recompensem economicamente quem preserva e mantém os serviços ecossistêmicos, ou seja, os prestadores de serviços ambientais.
Um exemplo foi o Bolsa Verde, eliminado no início de 2018, mas que remunerava famílias de baixa renda que realizavam atividades de preservação ambiental.
Mas o reflorestamento talvez seja a iniciativa mais conhecida de pagamentos por serviços ambientais, já que entra no mercado de créditos de carbono.
O Instituto Ekos Brasil trabalha com diversos projetos que promovem a conservação da biodiversidade e outros serviços ecossistêmicos. O Programa Ecomudança, por exemplo, em parceria com o Banco Itaú, seleciona projetos socioambientais de entidades sem fins lucrativos que promovem tecnologias de baixo carbono e impacto ambiental positivo. Os projetos selecionados pelo Programa recebem recursos para que possam se desenvolver.
Saiba como inscrever o seu projeto no Ecomudança 2020!
Desde 2007, o Instituto Ekos Brasil trabalha em parceria com o Banco Itaú na seleção, estruturação e coordenação de projetos socioambientais por todo o Brasil que promovem a redução das emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas, além de gerar outros benefícios socioambientais para as famílias.
Em 2019, recebemos 373 inscrições de 26 estados do Brasil, sendo 256 (68%) elegíveis para o processo.
Os cinco escolhidos receberão aportes provenientes da estratégia do banco de destinar 30% da taxa de administração dos Fundos Itaú Ecomudança para projetos de mitigação.
Confira cada um dos projetos e seus benefícios para o meio ambiente e para as comunidades ao entorno!
Parabéns aos selecionados!
Modalidade: Agricultura
Valor do apoio: R$ 86.800,00
Organização: Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia – COOPESSBA
Missão da organização: Inserir a Agricultura familiar como competidor do mercado, de forma sustentável e colaborando diretamente com um futuro mais justo. Objetivo do projeto: Fortalecer os sistemas de produção de cacau-cabruca da agricultura familiar, por meio de uma aliança produtiva entre associações de produtores de cacau do Sul da Bahia e a COOPESSBA, incentivando a produção orgânica certificada, agregando valor e garantindo uma melhoria na renda aos agricultores e familiares.
O projeto: o projeto prevê ações de sensibilização e capacitação técnica em práticas sustentáveis para o cultivo do cacau-cabruca, identificação e implantação dos quintais agroflorestais, com analise do solo e aquisição de mudas de variedade de cacau mais resistente, aquisição de roçadeiras e adubo orgânico, construção de barcaças (estufas) solares para secagem das amêndoas, em substituição aos fornos à lenha. Estas atividades permitirão, reduzir as emissões de GEE, evitar o desmatamento de árvores nativas e possibilitar a prospecção de novos mercados para a comercialização dos produtos derivados do cacau.
Metas: o projeto visa fortalecer a produção do cacau-cabruca em 50ha de quintais agroflorestais, aumentando a produção para 1500 kg de cacau/ha/ano. Além disso, além da melhoria da qualidade do produto, o cacau orgânico possui um acréscimo no valor agregado de 80%, quando comparado ao convencional. Serão beneficiadas diretamente 28 famílias e será evitada a emissão de cerca de 48 tCO2e por ano.
ODS atendidos:
Modalidade: Energia renovável
Valor do apoio: R$ 86.800,00
Organização: Associação Pisco de Luz
Missão da organização: Levar para todas as residências de famílias de baixa renda uma solução acessível, limpa e sustentável de iluminação, em substituição ao óleo diesel, melhorando a saúde e preservando o meio ambiente para as gerações futuras.
Objetivo do projeto: Levar iluminação através de lâmpadas de Led, abastecidas pela captação de energia solar por meio de placas fotovoltaicas, para mais de 250 famílias que residem na comunidade Quilombola dos Kalungas. Atualmente, as famílias usam lamparinas onde queimam óleo diesel para iluminarem suas moradias, onde não há fornecimento de energia elétrica.
O projeto: Serão adquiridos componentes para a construção de cerca de 250 kits da Pisco de Luz, como placas fotovoltaicas, cabos flexíveis, baterias e lâmpadas de Led. Em seguida, serão realizadas ações para a instalação desses kits nas casas dos quilombolas Kalungas. Cada kit tem o potencial de iluminar 7 cômodos e abastecer uma tomada.
Metas: o projeto irá instalar 250 kits, sendo um por família. Além dos benefícios à saúde, as famílias poderão desenvolver atividades noturnas que antes não eram possíveis por falta de iluminação. Cada família irá economizar cerca de 30% de sua renda, já que não será necessária a compra de óleo diesel e de baterias para lanternas. O projeto irá reduzir a emissão de cerca de 27,7 tCO2e/ano.
ODS atendidos:
Modalidade: Manejo de resíduos
Valor do apoio: R$ 86.800,00
Organização: Associação Cristã de Base (ACB)
Missão da organização: Contribuir com as comunidades no exercício da cidadania para a convivência com o semiárido.
Objetivo do projeto: Incentivar o uso da energia renovável por agricultoras familiares, através da implantação de biodigestores visando a produção de biogás e de fertilizantes, fortalecendo a produção de alimentos agroecológicos e orgânicos e garantindo melhor qualidade na alimentação.
O projeto: o projeto prevê capacitações sobre produção de compostos orgânicos provenientes das produções agrícolas e gestão de resíduos sólidos, assessoramento técnico para instalação e manutenção de 6 biodigestores. Estas tecnologias promovem a inserção das mulheres agricultoras nos espaços organizativos de suas comunidades. As famílias atendidas, em sua maioria, produzem para subsistência e comercialização do excedente em feiras do município. As famílias utilizam cerca de dois botijões de gás por mês, com custo de R$75,00 por unidade, que não serão mais necessários com o projeto.
Metas: Serão beneficiadas 06 famílias, com o aumento de renda de cerca de 10% por família. Serão manejados cerca de 500kg/ano e reduzida a emissão de 5,67 tCO2e por ano.
ODS atendidos:
Modalidade: Floresta
Valor do apoio: R$ 86.800,00
Organização: Comissão Pastoral da Terra (CPT)
Missão da organização: A CPT é uma presença solidária, profética, ecumênica, fraterna e afetiva, que presta um serviço educativo e transformador junto aos povos da terra e das águas, para estimular e reforçar seu protagonismo.
Objetivo do projeto: Fortalecer a produção de alimentos e a segurança alimentar em duas comunidades (assentamento e aldeia indígena), com a implantação e/ou fortalecimento de 15ha de Sistemas Agroflorestais (SAF). Além disso, o projeto irá implantar 2 núcleos comunitários de criação de abelhas africanizadas e 2 núcleos comunitários de criação de abelhas indígenas.
O projeto: o projeto irá implantar e fortalecer 30 Sistemas Agroflorestais de 0,5 ha cada e promover oficinas teórico-práticas sobre SAF. Além disso, serão implantados 2 apiários e 2 meliponários coletivos, acompanhado de capacitações teórico-práticas sobre criação de abelhas. O projeto busca o fortalecimento da organização social, política e econômica das comunidades e diversificação das fontes de alimento para o autoconsumo e para a geração de renda. Ainda, o projeto busca promover o fortalecimento da identidade social e cultural dos grupos acompanhados, valorizando a iteração e cooperação entre eles.
Metas: serão implantados 30 SAFs, totalizando 15ha e beneficiando 25 famílias. O aumento de renda previsto é de 20%, proveniente da comercialização dos produtos. Será sequestrado cerca de 170 tCO2e por ano.
ODS atendidos:
Valor do apoio: R$ 61.271,42
Organização: Instituto TerraViva – ITV
Objetivo:
Qualificar o Instituto TerraViva para se tornar uma entidade certificadora de produção orgânica, atendendo as regiões Nordeste e Norte, onde atualmente há deficiência deste tipo de serviço. Estes serviços, além de agregarem valores aos produtos dos agricultores atendidos, garantem a qualidade da produção, atendendo ao que preconizam as normas e boas práticas de segurança alimentar e nutricional, contando com um modelo tecnológico, compatível com as exigências da produção orgânica.
Os principais interessados nos benefícios deste serviço são os agricultores familiares e associações de produtores, sobretudo aqueles situados no Semiárido. Tais produtores normalmente apresentam dificuldades de acesso aos canais de comunicação e limitações de ordem financeira para obtenção destes serviços. O perfil dos clientes é formado, predominantemente, por agricultores familiares que, mesmo pequenos em extensão territorial, são grandes em termos quantitativos – uma vez que mais de 90% dos imóveis rurais de Alagoas, pertencem a este segmento – fazendo deste, um mercado em potencial, na perspectiva da consultoria e da auditoria para a produção orgânica.
No Nordeste, inexiste certificadora da garantia da conformidade orgânica, levando os agricultores a contratarem os serviços de instituições de outras regiões, o que eleva o custo do serviço, além de, pela distância, dificultar o relacionamento entre clientes e prestadores.
Impactos esperados:
Desenvolvimento da certificação de produtores orgânicos na região, agregando valor à renda e a disponibilização de alimentos saudáveis às comunidades.
Principais atividades:
Metas:
Este modelo de negócio se destaca por contribuir de forma relevante para os seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável:
2.1 Até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano
2.3 Até 2030, dobrar a produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores de alimentos, particularmente das mulheres, povos indígenas, agricultores familiares, pastores e pescadores, inclusive por meio de acesso seguro e igual à terra, outros recursos produtivos e insumos, conhecimento, serviços financeiros, mercados e oportunidades de agregação de valor e de emprego não agrícola
2.4 Até 2030, garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudanças climáticas, às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres, e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo
2.5 Até 2020, manter a diversidade genética de sementes, plantas cultivadas, animais de criação e domesticados e suas respectivas espécies selvagens, inclusive por meio de bancos de sementes e plantas diversificados e bem geridos em nível nacional, regional e internacional, e garantir o acesso e a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados, como acordado internacionalmente
13.1 Reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima e às catástrofes naturais em todos os países
13.3 Melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima 13.b Promover mecanismos para a criação de capacidades para o planejamento relacionado à mudança do clima e à gestão eficaz, nos países menos desenvolvidos, inclusive com foco em mulheres, jovens, comunidades locais e marginalizadas
ODS atendidos:
O Programa Ecomudança 2019 está em sua fase final!
Entre os meses de julho e agosto, a equipe do Instituto Ekos Brasil está visitando os projetos finalistas do edital 2019.
Isso significa percorrer diversos estados do Brasil para ver de perto os projetos de energia renovável, manejo de resíduos, floresta e agricultura no Amazonas, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Bahia e Alagoas.
Após a visita, os projetos serão apresentados para o conselho do Programa Ecomudança, que fará a seleção dos projetos vencedores.
Em breve, mais novidades do processo!
O Ecomudança é um Programa de investimento em projetos ambientais realizado pelo Itaú Unibanco, em parceria com o Instituto Ekos Brasil. O objetivo do Ecomudança é transformar os investimentos dos clientes do Itaú Unibanco em benefícios para a sociedade. O valor do apoio financeiro vem dos fundos de renda fixa Ecomudança Itaú, que destina 30% das taxas de administração ao Programa.
Desde 2009, o programa estimula e fomenta projetos de redução de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), incluindo iniciativas relacionadas à energia renovável, manejo de resíduos, florestas e agricultura sustentável. Além disso, buscam-se projetos com potencial de gerar renda para se manterem financeiramente a longo prazo, e com alto potencial de replicabilidade.
Podem participam do Ecomudança entidades sem fins lucrativos – organizações sociais, fundações e associações, inclusive as que atuam como movimentos sociais – e cooperativas.
Eles tiveram ideias incríveis de como incrementar a renda de muitas famílias no interior do Brasil e ainda promover a sustentabilidade com iniciativas na agricultura, em energia renovável, com projetos de conservação de florestas e manejos de resíduos.
E por esse trabalho tão bonito e tão importante para o Brasil foram premiados pelo Ecomudança 2018. Agora, terão mais aportes para impulsionar seus projetos e impactar a vida de muito mais gente.
Modalidade: Agricultura
Valor do apoio: R$ 80.000,00
Organização: Casa Familiar Agroflorestal do Baixo Sul da Bahia – CFAF
Missão da organização: formar jovens empresários rurais em manejo sustentável florestal, contribuindo com a difusão do conhecimento aplicado à agricultura familiar, produzindo em suas comunidades com consciência ética e socioambiental.
Objetivo do projeto: implantar Quintais Agroflorestais e apiário em 12 unidades familiares agrícolas, por meio de capacitações e acompanhamento técnico dos professores, visando a produção de alimentos orgânicos através das práticas agroecológicas.
Tecnologia: os Sistemas Agroflorestais (SAFs) são consórcios de culturas de espécies arbóreas e agrícolas que podem ser usadas para reflorestamento e recuperação de áreas degradadas. Essa prática mantém a fertilidade do solo e permite a geração de renda aliada à preservação da biodiversidade. Juntamente com os SAFs, serão implantados pátios apícolas para produção de mel, através da criação de abelhas. A produção de mel, segundo experiências da CFAF, permite um aumento considerável de renda para as famílias atendidas.
O projeto: a CFAF é uma escola de ensino técnico, voltada para filhos de agricultores rurais de baixa renda. Possui foco na inclusão socioprodutiva e ecologicamente sustentável através da pedagogia de alternância. O recurso será utilizado para implantação de quintas florestais e apicultura nas famílias de 12 jovens. O aumento de renda é esperado por meio do aumento da produção de mel e melhor manejo da propriedade. Cada aluno receberá um kit de apicultura e a implantação de um SAF de 0,5 hectares.
Metas: o projeto visa implantar 12 quintais agroflorestais, de 0,5ha cada, totalizando 6ha. A previsão é de aumentando de renda em mais de 50% por família. Será evitada a emissão de cerca de 14 tCO2e por ano.
Este modelo de negócio se destaca por contribuir de forma relevante para os seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável:
Modalidade: Energia renovável
Valor do apoio: R$ 95.000,00
Organização: Associação de pequenos trabalhadores rurais de Riacho D’antas e adjacências – COOPRIACHÃO
Missão da organização: desenvolver e estabelecer linhas de trabalho conjunto para o fortalecimento da agricultura familiar, na industrialização e comercialização dos produtos de seus associados, buscando conferir maior qualidade e competitividade dos produtos frente aos crescimentos globais.
Objetivo do projeto: aumentar a renda dos associados por meio do aproveitamento de resíduo (endocarpo) do fruto da macaúba para produção de biocombustível (briquete), agregando valor ao resíduo, depois da retirada da castanha para extração de óleo, agregar valor ao resíduo pela fabricação de briquetes; aumentar a renda dos pequenos produtores rurais e da população extrativista.
Tecnologia: o fruto da macaúba (Acrocomia aculeata) tem aproximadamente 33% de endocarpo, este resíduo é uma fonte de matéria-prima para geração de diversos produtos como carvão ativado e briquete, que visam atender estabelecimentos como padarias, supermercados, pizzarias etc.
O projeto: o projeto irá transformar o resíduo do endocarpo em briquete (lenha ecológica) por meio da aquisição e modernização da infraestrutura (máquinas e equipamentos) para o processamento dos resíduos em forma de briquete. A Associação pretende realizar melhorias no ciclo produtivo e aproveitar este resíduo, proporcionando mais uma fonte de geração de recursos para a região. A associação conta com o apoio de professores da UNIMONTES (Universidade Estadual de Montes Claros).
Metas: 33 famílias associadas serão beneficiadas, tendo sua renda aumentada em até 100%. Serão manejados cerca de 100 t por ano de resíduo do fruto da macaúba e será reduzida a emissão de 180 tCO2e por ano.
Este modelo de negócio se destaca por contribuir de forma relevante para os seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável:
Modalidade: Energia renovável
Valor do apoio: R$ 65.368,00
Organização: Organização de Conservação da Terra – OCT
Missão da organização: promover o desenvolvimento territorial em bases conservacionistas, através da convivência harmônica do homem e seus negócios com os ativos naturais.
Objetivo do projeto: promover a redução da emissão de GEE e melhoria da qualidade das amêndoas de cacau, com a implantação de estufas solares e capacitação de pequenos agricultores da APA do Pratigi, gerando maior valor agregado ao produto e aumentando a renda dos associados.
Tecnologia: o projeto pretende substituir pequenos secadores de amêndoas de cacau que são abastecidos à lenha por duas estufas solares de uso comunitário. As estufas são uma tecnologia simples e bastante adequada à região do projeto. Elas são compostas de uma lona plástica e possuem outros componentes que permitem aproveitar de forma eficiente a energia solar para secagem das amêndoas.
O projeto: na região da iniciativa, concentra-se pequenos produtores de cacau. Visando gerar mais valor agregado ao produto, serão implantadas duas estufas solares para a secagem do cacau. Além disso, o projeto visa promover a diminuição do desmatamento, proveniente da produção de lenha nativa para os fornos de secagem. Todas as famílias envolvidas diretamente no projeto serão capacitadas por meio de oficinas, dia de campo, intercâmbios e participação de eventos regionais sobre o tema. O projeto também irá acompanhar as práticas agroecológicas realizadas na comunidade.
Metas: serão beneficiadas 20 famílias, com o aumento de renda de cerca de 20%. Será reduzido o desmatamento de aproximadamente, 40t de lenha nativa e reduzida a emissão de 84 tCO2e por ano.
Este modelo de negócio se destaca por contribuir de forma relevante para os seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável:
Modalidade: Floresta
Valor do apoio: R$ 90.000,00
Organização: Associação Camponesa de Produção da Reforma Agrária do Município de Uberlândia (ACAMPRA)
Missão da organização: fortalecer a agricultura familiar através dos produtores camponeses da reforma agrária, valorizando o trabalho do homem, viabilizando novos mercados enfrentando desafios em prol de objetivos sociais e ecológicos garantindo a permanência das famílias no campo e sua sustentabilidade.
Objetivo do projeto: promover a biodiversidade e a geração de renda dos agricultores, com a introdução de tecnologias agroecológicas, visando à melhoria na qualidade e quantidade de produtos agrícolas, através da implantação de SAFs. Promover a transição agroecológica de famílias que atualmente produzem com uso de agrotóxicos.
Tecnologia: os Sistemas Agroflorestais (SAFs) são consórcios de culturas de espécies arbóreas e agrícolas que podem ser usadas para reflorestamento e recuperação de áreas degradadas. Essa prática mantém a fertilidade do solo e permite a geração de renda aliada à preservação da biodiversidade
O projeto: as principais atividades do projeto incluem a mobilização, capacitação e formação dos agricultores em agroecologia, além da implantação e a manutenção de SAFs, com a aquisição de mudas e insumos, preparo do solo, o plantio e a divulgação do projeto na região. O projeto visa implantar 24 unidades em referência em agrofloresta e consolidar mais 12 unidades já existentes, no total de 18 hectares de SAFs, em formato de mutirão, o que permite a troca de técnicas e experiências e a aproximação das demais famílias da ACAMPRA com esse modelo de produção. Os assentamentos atendidos estão cercados por grandes propriedades de plantio convencional e, portanto, a agroecologia é uma alternativa sustentável de produção na região.
Metas: aumentar a renda de 36 famílias, em 30%, por meio da comercialização dos produtos agroecológicos em feiras da região. Implantar 18ha de SAF, reduzindo cerca de 70 tCO2e por ano, em decorrência do plantio de árvores e pelo não uso de fertilizantes químicos.
Este modelo de negócio se destaca por contribuir de forma relevante para os seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável:
Modalidade: Floresta
Valor do apoio: R$ 90.000,00
Organização: Associação Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú
Missão da organização: fortalecer a organização produtiva das mulheres contribuindo para sua autonomia econômica e política através da ação em REDE.
Objetivo do projeto: produzir alimento e gerar renda às famílias de agricultoras, por meio do reflorestamento da implantação de SAFs em 3 nascentes de um assentamento e propriedades da agricultura familiar.
Tecnologia: os Sistemas Agroflorestais (SAFs) são consórcios de culturas de espécies arbóreas e agrícolas que podem ser usadas para reflorestamento e recuperação de áreas degradadas. Essa prática mantém a fertilidade do solo e permite a geração de renda aliada à preservação da biodiversidade
O projeto: as mulheres da comunidade, associadas à REDE atualmente já se auto-organizam e trabalham em mutirão na produção de mudas. Com as mudas, serão implantados os SAF, recuperando 3 nascentes da região. Serão realizadas visitas de reconhecimento às áreas das nascentes, oficinas de práticas agroecológicas, preparação de mudas de plantas nativas e implantação e manejo de agroflorestas.
Metas: serão implantados 5 hectares de SAF, beneficiando 40 mulheres agricultoras. A previsão é o aumento de renda de 100%, por meio da economia na compra de alimentos e comercialização do excendente. Além disso, o projeto prevê a redução na emissão de 42 tCO2e por ano.
Este modelo de negócio se destaca por contribuir de forma relevante para os seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável:
Modalidade: Manejo de resíduos
Valor do apoio: R$ 73.801,00
Organização: Cooperativa de trabalho de compostagem de Paragominas – COOMPAG
Missão da organização: colaborar para um ambiente ambientalmente saudável e socialmente justo, aplicando os princípios dos 3R’s (reduzir, reutilizar e reciclar). Aliando saúde, responsabilidade ambiental e geração de renda para os cooperados e colaboradores, beneficiando a comunidade em seu entorno.
Objetivo do projeto: aumentar a renda da cooperativa por meio do aumento do volume do resíduo orgânico coletado, ampliando o número de famílias atendidas e a área de coleta. Além disso, implantar horta e viveiro comunitários, promovendo a educação ambiental e a alimentação saudável.
Tecnologia: o projeto envolve a reciclagem de restos de alimentos que são coletados na casa das famílias atendidas pela cooperativa. A reciclagem é realizada em um equipamento que permite a produção de composto orgânico e biofertilizante em apenas 24h. Para incentivar a separação correta dos resíduos, as famílias que colaboram com a cooperativa (pela separação dos resíduos em baldes e bombonas próprias) receberão gratuitamente hortaliças produzidas na horta que será criada com o projeto, gerando um ciclo positivo onde todos são beneficiados.
O projeto: a Cooperativa está localizada em unidade habitacional de baixa renda, formada por moradores da comunidade. A coleta do resíduos orgânicos será ampliada para mais famílias e estes utilizados nas hortas comunitárias e escolares que serão implantadas. Serão realizados oficinas no bairro e nas escolas, para a sensibilização ambiental dos envolvidos. Como retorno, a comunidade terá um bairro mais limpo e acesso a alimentos cultivados entre os colaboradores nas hortas, algo que irá motivar a participação de mais pessoas. Dessa forma, espera-se alteração na realidade dos envolvidos, tanto na forma financeira quanto na educacional, e proporcionando ao indivíduo ser o seu próprio agente de mudanças. O projeto conta com a participação de voluntários e professores de universidades locais.
Metas: ampliar a coleta de resíduos orgânicos para 30t por ano, beneficiando 150 famílias moradoras do conjunto habitacional e gerando aumento de renda de até 70%. Será reduzida a emissão de cerca de 61 tCO2e por ano.
Este modelo de negócio se destaca por contribuir de forma relevante para os seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável:
Valor do apoio: R$ 92.559,78
Organização: Ecologia em Ação – ECOA
Missão da organização: promover ações para conservação dos ecossistemas naturais e suas populações, tendo como valores: democracia, respeito à diversidade cultural, biológica e social, conhecimento tradicional, ética e transparência; fomentar políticas públicas; construir/aplicar novos modelos de sustentabilidade que concilie qualidade de vida/desenvolvimento econômico.
Objetivo: implantar a cadeia do mel em comunidades ribeirinhas do Pantanal, a partir da instalação do Centro de Processamento de Produtos Locais e de Formação do ECOA, fornecendo capacitação e consultorias técnicas em apicultura, marketing e processos de distribuição e venda, gerando uma fonte de renda alternativa à comunidade, principalmente no período do defeso.
Atividades: formação de famílias pantaneiras para as atividades de apicultura/meliponicultura através do Centro, como forma de geração de trabalho e renda. Levantamento florístico nas áreas onde o mel é produzido e também dos principais polinizadores, para promover sua proteção e valorizar a flora local, que atribui sabor único ao produto. Campanha permanente contra o uso do fogo; desmatamento; uso de agrotóxicos e a importância da proteção de polinizadores.
Articulação junto às agências de turismo para estabelecer parceria direta para o canal de vendas do produto. Consolidação de uma loja virtual para relacionamento com os clientes e como canal de venda do produto. Marketing para produção de materiais e promoção do produto, marketing para a veiculação direcionada através das redes sociais, da loja virtual do website e com ferramentas de busca especializada. Contato com Ecochefes do Instituto Maniva para estabelecer parceria para promoção do produto no setor gastronômico especializado na culinária brasileira para alimentação saudável.
Metas: com o apoio, pretende-se produzir mais de 300kg de mel/ano, envolvendo 15 famílias de 3 comunidades da região.
Este modelo de negócio se destaca por contribuir de forma relevante para os seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável:
O Ecomudança é um Programa de investimento em projetos ambientais realizado pelo Itaú Unibanco, em parceria com o Instituto Ekos Brasil. O objetivo do Ecomudança é transformar os investimentos dos clientes do Itaú Unibanco em benefícios para a sociedade. O valor do apoio financeiro vem dos fundos de renda fixa Ecomudança Itaú, que destina 30% das taxas de administração ao Programa.
Desde 2009, o programa estimula e fomenta projetos de redução de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), incluindo iniciativas relacionadas à energia renovável, manejo de resíduos, florestas e agricultura sustentável. Além disso, buscam-se projetos com potencial de gerar renda para se manterem financeiramente a longo prazo, e com alto potencial de replicabilidade.
Podem participam do Ecomudança entidades sem fins lucrativos – organizações sociais, fundações e associações, inclusive as que atuam como movimentos sociais – e cooperativas.
Saiba mais: http://ecomudanca.ekos.social/
Em Nilo Pessanha, na Bahia, A Casa Familiar Agroflorestal do Baixo Sul da Bahia (CFAF) tem a bonita missão de formar jovens filhos de agricultores rurais de baixa renda com ensino técnico sobre inclusão socioprodutiva e ecologicamente sustentável.
Por seu empenho e trabalho, O CFAF é um dos vencedores do Programa Ecomudança, do Itaú, em parceria com o Instituto Ekos Brasil na edição 2018.
O recurso, de cerca de R$ 80 mil será utilizado para a implantação de quintais florestais e apicultura nas famílias de 12 jovens.
Os quintais florestais são feitos a partir da tecnologia dos Sistemas Agroflorestais (SAFs) que compreendem consórcios de culturas de espécies arbóreas e agrícolas que podem ser usadas para reflorestamento e recuperação de áreas degradadas.
Essa prática mantém a fertilidade do solo e permite a geração de renda aliada à preservação da biodiversidade.
Somados aos SAFs serão implantados também pastos apícolas para produção de mel.
Essas duas melhorias devem incrementar em 50% a renda das famílias (com a produção de mel e produção de alimentos orgânicos) e evitar a emissão de cerca de 14tCO2e por ano.
Parabéns à CFAF!