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Conheça os projetos ambientais vencedores do Ecomudança 2019

Cibele Lana 10 dez 2019

Conheça os projetos ambientais vencedores do Ecomudança 2019

Desde 2007, o Instituto Ekos Brasil trabalha em parceria com o Banco Itaú na seleção, estruturação e coordenação de projetos socioambientais por todo o Brasil que promovem a redução das emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas, além de gerar outros benefícios socioambientais para as famílias.

Em 2019, recebemos 373 inscrições de 26 estados do Brasil, sendo 256 (68%) elegíveis para o processo.

Os cinco escolhidos receberão aportes provenientes da estratégia do banco de destinar 30% da taxa de administração dos Fundos Itaú Ecomudança para projetos de mitigação.

Confira cada um dos projetos e seus benefícios para o meio ambiente e para as comunidades ao entorno!

Parabéns aos selecionados!

 

Democratização de acesso às tecnologias sustentáveis aplicadas na produção e recuperação na cultura de Cacau Cabruca – Ilhéus/ BA

Modalidade: Agricultura

Valor do apoio: R$ 86.800,00

Organização: Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia – COOPESSBA

Missão da organização: Inserir a Agricultura familiar como competidor do mercado, de forma sustentável e colaborando diretamente com um futuro mais justo. Objetivo do projeto: Fortalecer os sistemas de produção de cacau-cabruca da agricultura familiar, por meio de uma aliança produtiva entre associações de produtores de cacau do Sul da Bahia e a COOPESSBA, incentivando a produção orgânica certificada, agregando valor e garantindo uma melhoria na renda aos agricultores e familiares.

O projeto: o projeto prevê ações de sensibilização e capacitação técnica em práticas sustentáveis para o cultivo do cacau-cabruca, identificação e implantação dos quintais agroflorestais, com analise do solo e aquisição de mudas de variedade de cacau mais resistente, aquisição de roçadeiras e adubo orgânico, construção de barcaças (estufas) solares para secagem das amêndoas, em substituição aos fornos à lenha. Estas atividades permitirão, reduzir as emissões de GEE, evitar o desmatamento de árvores nativas e possibilitar a prospecção de novos mercados para a comercialização dos produtos derivados do cacau.

Metas: o projeto visa fortalecer a produção do cacau-cabruca em 50ha de quintais agroflorestais, aumentando a produção para 1500 kg de cacau/ha/ano. Além disso, além da melhoria da qualidade do produto, o cacau orgânico possui um acréscimo no valor agregado de 80%, quando comparado ao convencional. Serão beneficiadas diretamente 28 famílias e será evitada a emissão de cerca de 48 tCO2e por ano.

 ODS atendidos:   

 

 

 

2. Pisco de Luz – Quilombola dos Kalungas – Cavalcante/ GO

Modalidade: Energia renovável

Valor do apoio: R$ 86.800,00

Organização: Associação Pisco de Luz

Missão da organização: Levar para todas as residências de famílias de baixa renda uma solução acessível, limpa e sustentável de iluminação, em substituição ao óleo diesel, melhorando a saúde e preservando o meio ambiente para as gerações futuras.

Objetivo do projeto: Levar iluminação através de lâmpadas de Led, abastecidas pela captação de energia solar por meio de placas fotovoltaicas, para mais de 250 famílias que residem na comunidade Quilombola dos Kalungas. Atualmente, as famílias usam lamparinas onde queimam óleo diesel para iluminarem suas moradias, onde não há fornecimento de energia elétrica.

O projeto: Serão adquiridos componentes para a construção de cerca de 250 kits da Pisco de Luz, como placas fotovoltaicas, cabos flexíveis, baterias e lâmpadas de Led. Em seguida, serão realizadas ações para a instalação desses kits nas casas dos quilombolas Kalungas. Cada kit tem o potencial de iluminar 7 cômodos e abastecer uma tomada.

Metas: o projeto irá instalar 250 kits, sendo um por família. Além dos benefícios à saúde, as famílias poderão desenvolver atividades noturnas que antes não eram possíveis por falta de iluminação. Cada família irá economizar cerca de 30% de sua renda, já que não será necessária a compra de óleo diesel e de baterias para lanternas. O projeto irá reduzir a emissão de cerca de 27,7 tCO2e/ano.

 ODS atendidos:   

 

3. Mulheres Quilombolas trabalhando a resistência e reconstruindo seu ambiente – Crato/ CE

Modalidade: Manejo de resíduos

Valor do apoio: R$ 86.800,00

Organização: Associação Cristã de Base (ACB)

Missão da organização: Contribuir com as comunidades no exercício da cidadania para a convivência com o semiárido.

Objetivo do projeto: Incentivar o uso da energia renovável por agricultoras familiares, através da implantação de biodigestores visando a produção de biogás e de fertilizantes, fortalecendo a produção de alimentos agroecológicos e orgânicos e garantindo melhor qualidade na alimentação.

O projeto: o projeto prevê capacitações sobre produção de compostos orgânicos provenientes das produções agrícolas e gestão de resíduos sólidos, assessoramento técnico para instalação e manutenção de 6 biodigestores. Estas tecnologias promovem a inserção das mulheres agricultoras nos espaços organizativos de suas comunidades. As famílias atendidas, em sua maioria, produzem para subsistência e comercialização do excedente em feiras do município. As famílias utilizam cerca de dois botijões de gás por mês, com custo de R$75,00 por unidade, que não serão mais necessários com o projeto.

Metas: Serão beneficiadas 06 famílias, com o aumento de renda de cerca de 10% por família. Serão manejados cerca de 500kg/ano e reduzida a emissão de 5,67 tCO2e por ano.

ODS atendidos:   

 

4. Tembiú Porã – Sidrolândia e Carapó/ MS

Modalidade: Floresta

Valor do apoio: R$ 86.800,00

Organização: Comissão Pastoral da Terra (CPT)

Missão da organização: A CPT é uma presença solidária, profética, ecumênica, fraterna e afetiva, que presta um serviço educativo e transformador junto aos povos da terra e das águas, para estimular e reforçar seu protagonismo.

Objetivo do projeto: Fortalecer a produção de alimentos e a segurança alimentar em duas comunidades (assentamento e aldeia indígena), com a implantação e/ou fortalecimento de 15ha de Sistemas Agroflorestais (SAF). Além disso, o projeto irá implantar 2 núcleos comunitários de criação de abelhas africanizadas e 2 núcleos comunitários de criação de abelhas indígenas.

O projeto: o projeto irá implantar e fortalecer 30 Sistemas Agroflorestais de 0,5 ha cada e promover oficinas teórico-práticas sobre SAF. Além disso, serão implantados 2 apiários e 2 meliponários coletivos, acompanhado de capacitações teórico-práticas sobre criação de abelhas. O projeto busca o fortalecimento da organização social, política e econômica das comunidades e diversificação das fontes de alimento para o autoconsumo e para a geração de renda. Ainda, o projeto busca promover o fortalecimento da identidade social e cultural dos grupos acompanhados, valorizando a iteração e cooperação entre eles.

Metas: serão implantados 30 SAFs, totalizando 15ha e beneficiando 25 famílias. O aumento de renda previsto é de 20%, proveniente da comercialização dos produtos. Será sequestrado cerca de 170 tCO2e por ano.

ODS atendidos:   

 

5. Auditoria em certificação orgânica e consultoria agroecológica e ambiental – Maceió

Valor do apoio: R$ 61.271,42

Organização: Instituto TerraViva – ITV

Objetivo:

Qualificar o Instituto TerraViva para se tornar uma entidade certificadora de produção orgânica, atendendo as regiões Nordeste e Norte, onde atualmente há deficiência deste tipo de serviço. Estes serviços, além de agregarem valores aos produtos dos agricultores atendidos, garantem a qualidade da produção, atendendo ao que preconizam as normas e boas práticas de segurança alimentar e nutricional, contando com um modelo tecnológico, compatível com as exigências da produção orgânica.

Os principais interessados nos benefícios deste serviço são os agricultores familiares e associações de produtores, sobretudo aqueles situados no Semiárido. Tais produtores normalmente apresentam dificuldades de acesso aos canais de comunicação e limitações de ordem financeira para obtenção destes serviços. O perfil dos clientes é formado, predominantemente, por agricultores familiares que, mesmo pequenos em extensão territorial, são grandes em termos quantitativos – uma vez que mais de 90% dos imóveis rurais de Alagoas, pertencem a este segmento – fazendo deste, um mercado em potencial, na perspectiva da consultoria e da auditoria para a produção orgânica.

No Nordeste, inexiste certificadora da garantia da conformidade orgânica, levando os agricultores a contratarem os serviços de instituições de outras regiões, o que eleva o custo do serviço, além de, pela distância, dificultar o relacionamento entre clientes e prestadores.

Impactos esperados:

Desenvolvimento da certificação de produtores orgânicos na região, agregando valor à renda e a disponibilização de alimentos saudáveis às comunidades.

Principais atividades:

  • Capacitação da equipe para se tornarem certificadores
  • Documentação necessária
  • Taxas do processo de acreditação
  • Instrumentos como drone, softwares de georreferenciamento e geoprocessamento, computador
  • Plano de marketing

Metas:

Este modelo de negócio se destaca por contribuir de forma relevante para os seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável:

  • ODS 2: Fome zero e agricultura sustentável

2.1 Até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano

2.3 Até 2030, dobrar a produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores de alimentos, particularmente das mulheres, povos indígenas, agricultores familiares, pastores e pescadores, inclusive por meio de acesso seguro e igual à terra, outros recursos produtivos e insumos, conhecimento, serviços financeiros, mercados e oportunidades de agregação de valor e de emprego não agrícola

2.4 Até 2030, garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudanças climáticas, às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres, e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo

2.5 Até 2020, manter a diversidade genética de sementes, plantas cultivadas, animais de criação e domesticados e suas respectivas espécies selvagens, inclusive por meio de bancos de sementes e plantas diversificados e bem geridos em nível nacional, regional e internacional, e garantir o acesso e a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados, como acordado internacionalmente

  • ODS 13: Ação contra a mudança global do clima

13.1 Reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima e às catástrofes naturais em todos os países

13.3 Melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima 13.b Promover mecanismos para a criação de capacidades para o planejamento relacionado à mudança do clima e à gestão eficaz, nos países menos desenvolvidos, inclusive com foco em mulheres, jovens, comunidades locais e marginalizadas

ODS atendidos:   

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