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    13 tecnologias sociais para combater a desertificação

    13 tecnologias sociais para combater a desertificação

    Dia Mundial de Combate à Desertificação

     

    Todos os anos, no dia 17 de junho, a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD, em inglês) convida a sociedade civil e as lideranças globais a refletirem sobre os impactos da desertificação na vida da população mundial e sobre as ações possíveis de implementação para solucionar o problema.

    A UNCCD define a desertificação como um processo de degradação e consequente destruição do potencial produtivo do solo de áreas áridas, semiáridas e sub-úmidas secas, resultado de fatores ambientais, como variações climáticas, mas também e  principalmente, de ações humanas, como o desmatamento, a utilização de agrotóxicos, queimadas e uso intensivo do solo. Os impactos decorrentes destes processos refletem tanto no âmbito ambiental com a perda da fertilidade do solo, e da biodiversidade  no âmbito socioeconômico com a perda da qualidade de vida das populações dessa região.

    De acordo com a UNCCD (2020), estima-se que atualmente mais de 2 bilhões de hectares de terras antes produtivas estão degradadas em todo o mundo. No Brasil, os dados também são alarmantes. Em estudo publicado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE, 2016), o Semiárido brasileiro, região que abrange cerca 1.323.975,4 km², especialmente nos estados de Alagoas, da Bahia, do Espírito Santo, do Maranhão, de Minas Gerais, da Paraíba, de Pernambuco, do Piauí, do Rio Grande do Norte, de Sergipe e do Ceará está sujeito a secas periódicas e conta com terras em estágio avançado de degradação e desertificação.

    O tema da desertificação, por apresentar dados preocupantes e por se tratar de um problema global, com forte influência no equilíbrio dos ecossistemas do planeta, ganhou uma meta específica dentro do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 15: “até 2030, combater a desertificação, restaurar a terra e o solo degradado, incluindo terrenos afetados por desertificação, secas e cheias, e lutar para alcançar um mundo neutro em termos de degradação do solo” (meta 15.3).

     

    E, na prática, como combater a desertificação?

    O Instituto Ekos Brasil, por meio dos programas Ecomudança e Compromisso com o Clima, além de outras frentes de atuação, lida diretamente com projetos de desenvolvimento sustentável no Semiárido brasileiro e, por isso, auxilia com frequência as comunidades locais a implementar diferentes tipos de tecnologias sociais que contribuem para o combate à desertificação e fortalecem a convivência com o semiárido.

    As tecnologias sociais são “um conjunto de técnicas, metodologias transformadoras, desenvolvidas e/ou aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para a inclusão social e melhoria das condições de vida”. (SEBRAE, 2017)

    Abaixo, listamos 13 destas metodologias que estão descritas no site da Embrapa, assim como seus benefícios.

     

    Recuperação da mata ciliar 

    Controla a erosão das margens das calhas dos rios e riachos, controla o aporte de nutrientes e de produtos químicos carreados aos cursos d’água, protege a zona ripária e filtra os sedimentos e nutrientes.

    Reflorestamento 

    Regulariza do ciclo hidrológico, previne a erosão, protege à fauna, melhora as condições geoambientais, incentiva à apicultura, controla os níveis de degradação do solo e da vegetação, aumenta os recursos hídricos, reduz os prejuízos na agricultura relacionados com enchentes, aumenta o estoque sustentável de madeira legal, sequestra CO2 e reduz o efeito estufa.

    Quintais produtivos 

    Proporcionam maior diversificação da produção e menos riscos, favorecem a proteção dos solos contra efeitos erosivos, aumentam a ciclagem e disponibilidade de nutrientes, ficam próximos à moradia do produtor, melhoram a qualidade do alimento em função da não utilização de agrotóxicos e ainda auxiliam na segurança alimentar do rebanho.

    Veja um exemplo de projeto com implementação de quintais florestais.

    Sistemas Agroflorestais (SAFs) 

    Seus custos de implantação e manutenção são reduzidos, permitem produção diversificada, aumentam a renda familiar e melhoram a alimentação, favorecem a recuperação da produtividade de solos degradados por meio de espécies arbóreas implantadas, melhoram a estrutura e fertilidade do solo devido à presença de árvores que atuam na ciclagem de nutrientes, reduzem a erosão laminar e em sulcos, aumentam a diversidade de espécies e aumentam a produtividade, devido a fatores interligados do sistema (sombra + conforto animal).

    Veja um exemplo de projeto com SAFs.

    Barragem subterrânea

    Permite economia na construção, menor perda de água por evaporação (não existindo “espelho d’água a insolação quase não atua) e proporcionam maior proteção da água contra a poluição bacteriana superficial (já que a água fica armazenada na sub-superfície).

    Veja cinco exemplos de projetos bem-sucedidos que utilizam tecnologias sociais

    Barragens sucessivas 

    Reduzem o assoreamento dos reservatórios e rios, promovem a dessalinização ou a fertilização gradual do solo e a oferta de água em quantidade e qualidade nos tributários ou riachos da microbacia hidrográfica, colaboram com o ressurgimento da biodiversidade da Caatinga, favorecem a disponibilidade diversificada de alimentos no fundo dos vales (reduzindo a pressão da vida animal sobre a vegetação, nas vertentes da microbacia hidrográfica) proporcionam disponibilidade de água para o consumo animal, segundo uma distribuição temporal e espacial satisfatória.

    Barraginha / Barreiro 

    Melhora a qualidade do solo por acumular matéria orgânica, mantém o microclima ao redor da barraginha mais agradável, e a umidade no entorno também é favorável ao plantio de grãos, frutas, verduras e legumes.

    Barreiro trincheira 

    Armazena água da chuva para a dessedentação animal e para a produção de verduras e frutas que servirão à alimentação da família, garantindo a soberania e segurança alimentar.

    Captação in situ 

    Controla a erosão, conserva o solo, permite maior disponibilidade de água para as plantas, aumentando a resistência aos veranicos, possui baixo custo de implantação, e favorece a recarga do lençol d’água.

    Cisterna calçadão 

    Possui baixo custo e fácil construção. A água pode ser utilizada para irrigar quintais produtivos, plantar fruteiras, hortaliças e plantas medicinais, e para criação de animais. Pode-se fazer irrigação de salvação, utilizar a água para sistemas simplificados de irrigação, e utilizar o calçadão para secagem de produtos como feijão, milho, goma e a casca e a maniva da mandioca que, passadas na forrageira, servem de alimento para os animais e para outros usos.

    Poços rasos 

    Contribuem para manter a família de pequenos produtores rurais no campo e ampliam a renda familiar a partir da produção contínua de frutas e hortaliças.

    Isolamento da área 

    Conduz à regeneração natural e enriquecimento da área para incremento da biodiversidade.

    Cordões de pedra em contorno 

    Adequado a pequenas propriedades, controla o volume e a velocidade das enxurradas (deposição e retenção de uma massa de sedimentos sobre a área onde são construídos), modifica o micro-relevo na faixa compreendida entre os cordões, permite o aumento da profundidade efetiva sobre a área de deposição, ajuda na melhoria das propriedades físico-químicas do solo, sobre a área de deposição.

     

    Fontes:

    https://www.cgee.org.br/documents/10195/734063/degradacao-neutra-terra.pdf

    https://mma.gov.br/perguntasfrequentes?catid=19

    https://www.unccd.int/actions/17-june-desertification-and-drought-day

    https://www.unccd.int/actions17-june-desertification-and-drought-day/2020-desertification-and-drought-day

    http://sustentabilidade.sebrae.com.br/Sustentabilidade/Para%20sua%20empresa/Publica%C3%A7%C3%B5es/Tecnologias-Sociais-final.pdf

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    Ekos Brasil e CEPF lançam projeto de aceleração do turismo sustentável no vale do Peruaçu 

    Ekos Brasil e CEPF lançam projeto de aceleração do turismo sustentável no vale do Peruaçu 

     

    Protetora de um impressionante patrimônio socioambiental, cultural, arqueológico e paleontológico, a região do Parque Nacional e APA Cavernas do Peruaçu localiza-se no Cerrado brasileiro, em uma área de transição para o denominado polígono das secas e, por isso, muito crítica na proteção da água doce.

    Além do desafio da água, essa porção de Cerrado também preocupa pelo Índice de Desenvolvimento Humano das duas cidades mais próximas ao parque: Januária e Itacarambi, com 0,658 e 0,641 respectivamente (IBGE, 2010), ou seja, vulnerabilidade econômica e de serviços de assistência social básica.

    Cientes do papel fundamental de conservação da biodiversidade e geração de renda que o Parque e a APA podem trazer para o vale do Peruaçu, o Instituto Ekos Brasil, em parceria com o Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF, na sigla em inglês) lançou, no início deste mês, o projeto “Acelerando o turismo sustentável no vale do Peruaçu”.

    Com duração de um ano, o projeto tem o anseio de desenvolver, fortalecer e acelerar o turismo sustentável, fonte de renda para as comunidades por meio da conservação da natureza.

     As fases do projeto 

    As inscrições acontecem de 2º de junho a 1º de julho de 2020. E podem se inscrever pessoas maiores de 18 anos, residente ou que trabalhem na região, ou ainda integrantes de associações ou organizações locais, interessadas em turismo sustentável. 

    Até  50 pessoas serão selecionadas no edital de inscrição e terão a chance de participar do Laboratório de Inovação. Essa fase contempla oficinas ministradas por especialistas de diferentes áreas do conhecimento e ainda uma viagem de campo para conhecer outro destino turístico com forte atividade econômica e desenvolvimento local. 

    Na última fase, os protótipos de 5 iniciativas desenvolvidas durante o Laboratório de Inovação participação da Incubadora Ekos Brasil e receberão aportes, viabilizados com os recursos do projeto, para que os planejamentos saiam do papel e gerem desenvolvimento social e econômico para as comunidades da região por meio do turismo sustentável.

    A previsão de encerramento do projeto é no final do primeiro trimestre de 2021. Mas certamente será apenas o ponto de partida para que boas iniciativas empreendedoras apoiem a criação de empregos e a conservação da biodiversidade na região.

     

    Saiba mais sobre o CEPF

    O CEPF é um programa conjunto da Agência Francesa para o Desenvolvimento, Conservação Internacional, União Europeia, Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF, sigla em inglês), Governo do Japão e Banco Mundial, que financia projetos para proteção de ecossistemas únicos e ameaçados – conhecidos também como hotspots de biodiversidade. Em 2013, o Conselho de Doadores do CEPF selecionou o bioma Cerrado como um dos hotspots prioritários, e 8 milhões de dólares foram alocados para investimentos em projetos de conservação no período de 2016 a 2021.

    O projeto “ACELERANDO O TURISMO SUSTENTÁVEL NO VALE DO PERUAÇU” é uma das diversas iniciativas do fundo na região.

    Saiba mais sobre o projeto e entenda como contribuir. 

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    Precisamos reconstruir a vida marinha

    Precisamos reconstruir a vida marinha

    Comunidade científica apresenta a reconstrução da vida marinha como um grande desafio alcançável para a ciência e para a sociedade 

    Eles cobrem três quartos da superfície da Terra e são vitais para a existência humana.

    De acordo o artigo Rebuilding Marine Life*, da revista Nature de abril deste ano, os oceanos contribuem com 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), fornecem empregos para 1,5% da força de trabalho global, além de serem fonte de água, alimento e energia limpa. A essas estatísticas podemos somar alguns dados da Zona Costeira marítima brasileira, do Ministério do Meio Ambiente, com seus mais de 8.500 km de extensão e abrangência de 17 estados e mais de 400 municípios, dentre eles muitas capitais do sudeste e nordeste, de grande volume populacional, que demonstram seu valor social e econômico também para o nosso país. 

    Por isso, no mês de celebração do Dia Mundial dos Oceanos propomos uma reflexão mais profunda sobre nossos oceanos, baseada no artigo já citado acima, sobre a importância de uma verdadeira reconstrução da vida marinha como uma meta essencial para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 (“vida abaixo d’água”). 

    “Além de ser necessária, a reconstrução substancial da vida marinha dentro do espaço de tempo de uma geração humana (até 2050) é, em grande parte, alcançável, se as ações necessárias — incluindo, notavelmente, a mitigação das mudanças climáticas — forem implantadas em escala”, destaca o artigo.

    De acordo com os cientistas, reconstruir a vida marinha e, portanto, conservar e usar os oceanos de forma sustentável, depende de uma série de ações que diminuem a pressão humana sobre esse ecossistema como: regulamentar a caça, gerir a pesca, melhorar a qualidade da água dos oceanos, proteger e restaurar habitats, reduzir o risco de extinções de diversos seres aquáticos, reduzir a poluição nos oceanos, restaurar habitats dentre outros. 

    O documento também apresenta um roteiro prático para a recuperar os oceanos. 

    Apesar de todos os dados preocupantes, o estudo conclui que a reconstrução da vida marinha até 2050 é “um grande desafio alcançável para a ciência e para a sociedade”. Uma boa notícia que gostaríamos de compartilhar com vocês hoje, dia Mundial dos Oceanos.  

    Cumprir esse desafio requer ações imediatas para reduzir as pressões citadas, incluindo a das mudanças climáticas, além de proteger aqueles locais de vida abundante que ainda restam e recuperar populações, habitats e ecossistemas duramente afetados ao longo dos últimos anos. 

    Isso tudo, claro, compreende “pesados” investimentos financeiros, comprometimento e perseverança, além de avanços científicos e tecnológicos, por parte de atores públicos e privados, mas a comunidade científica é enfática em afirmar que os ganhos ecológicos, econômicos e sociais são longevos.

    “Enfrentar o desafio de reconstruir substancialmente a vida marinha seria um marco histórico na busca da humanidade para alcançar um futuro globalmente sustentável.”

    Acesse o estudo na íntegra.

    *Duarte, CM. et al. Rebuilding marine life. Nature 580, 39–51 (2020).


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    Peruaçu: um case de como transformar riscos em oportunidades para todos

    Peruaçu: um case de como transformar riscos em oportunidades para todos

    Greta Thunberg, na Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial 2020 em Davos. Foto: Manuel Lopez/Fotos Públicas.

    Este ano foi o primeiro, desde 1971, no qual o Fórum Econômico Mundial de Davos publicou seu tradicional Relatório Global de Riscos (2020) mostrando ao mundo que, dessa vez, a questão ambiental está presente nas cinco maiores ameaças para governos e mercados nos próximos dez anos. Uma atitude sem precedentes e que não podemos nos esquecer, mesmo diante de uma pandemia. 

    Ou seja, os maiores representantes da área econômica e personalidades públicas do mundo inteiro estão nos dizendo que a questão ambiental é hoje mais ameaçadora à estabilidade do planeta do que tensões geopolíticas e ataques cibernéticos, como afirmou outras vezes. 

    Também este ano vimos Larry Fink, CEO da BlackRock – a maior gestora de recursos financeiros do mundo – evidenciar em sua carta anual ao mercado a sustentabilidade como centro de sua política de investimentos. Um exemplo robusto de como a sustentabilidade se tornou uma agenda inadiável dentro das empresas. 

    Eventos climáticos extremos, falha no combate às mudanças climáticas, perda da biodiversidade e esgotamento dos recursos, desastres naturais, desastres ambientais. São esses os riscos globais em ordem de ameaça, segundo o Relatório. E vejam só. Com exceção dos desastres naturais, que podem ter origens diversas, todos os demais emanam da uma convivência desequilibrada entre o homem e a natureza. 

    O contexto é realmente preocupante. Aproximadamente 75% da superfície da Terra está significativamente alterada, 66% da área dos oceanos tem experimentado impactos cumulativos crescentes e 85% das áreas úmidas já foram perdidas, segundo dados do  relatório da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) – Global Assessment on Biodiversity and Ecosystem Services, de 2019. 

    Por isso, no mês em que celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Instituto Ekos Brasil quer chamar a sua atenção para a contribuição essencial e indispensável dos nossos Parques Nacionais, com suas riquezas naturais, no enfrentamento dessas ameaças.

    Conservar  nossos parques significa atuar na linha de frente por uma relação homem – meio ambiente mais equilibrada. A conservação dessas áreas é essencial para manter o ciclo hídrico, retirar carbono da atmosfera, preservar a fauna e a flora com seus inúmeros serviços ambientais gratuitos, além de promover o desenvolvimento sustentável com geração de riqueza para as comunidades ao entorno dos parques por meio da conservação. 

    Desde 2017, o Instituto Ekos Brasil colabora com a gestão do uso público e manutenção do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, em cooperação com o ICMBio. No vídeo a seguir, está um retrato de como acreditamos que o equilíbrio entre seres humanos e natureza conservada é possível, é almejado, e tem o poder de transformar os atuais riscos em oportunidades de uma vida melhor para todos.

    Assista, compartilhe e entre em contato para saber como colaborar enquanto empresa ou pessoa física para conservar a biodiversidade junto com a gente. 


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    Conheça três iniciativas simples que preservam a Mata Atlântica e promovem o desenvolvimento sustentável 

    Conheça três iniciativas simples que preservam a Mata Atlântica e promovem o desenvolvimento sustentável 

    Há 460 anos, no dia 27 de maio, o Padre José de Anchieta descrevia pela primeira vez a biodiversidade das florestas tropicais nas Américas em um documento que ficou conhecido como Carta de São Vicente. É o primeiro registro que temos das riquezas da nossa Mata Atlântica e, por isso, todos os anos neste dia celebramos esse que é um dos biomas mais diversos do mundo.

    Infelizmente, paralelamente aos dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA) que revelam suas mais de 2 mil espécies de vertebrados, as mais de 20 mil espécies de plantas e importante papel na regulação do clima e conservação da água, só para citar algumas das suas belas riquezas, falar da Mata Atlântica também significa apontar sua crescente devastação.

    Ainda de acordo com o MMA, resta apenas 29% da cobertura original desse bioma (dados de 2015) e, por abranger cidades que constituem o centro socioeconômico do país, a Mata Atlântica é constantemente alvo da expansão urbana, da industrialização, poluição, exploração predatória de madeira e espécies vegetais.

    Por isso, em um dia especial como o de hoje, acreditamos que é importante chamar a atenção da sociedade para a efetividade de ações, de certa forma muito simples, capazes de promover a restauração do bioma em harmonia com sua exploração econômica sustentável.

    Selecionamos apenas três de muitos projetos do Programa Ecomudança que contemplam a Mata Atlântica para servirem de inspiração para novas iniciativas dos poderes públicos e privado em prol da proteção do bioma. 

    Recuperação de nascentes: simples e essencial para TODOS

    Na pequena cidade de Abre Campo, no interior de Minas Gerais, um projeto recuperou 52 nascentes que abastecem a represa de Juiz de Fora, responsável por 40% do abastecimento do município. A recuperação contou com o plantio de 5.200 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, num raio de 15 metros a partir do olho d’água em Áreas de Preservação Permanente e incluiu a capacitação dos produtores beneficiados da região para a manutenção do projeto.

    Doces quintais: renda sustentável para toda a família  

    Já no interior do Sergipe, o Ecomudança proporcionou o desenvolvimento do projeto Doces Quintais, nas cidades de Poço Redondo e Pacatuba, que gera trabalho e renda para 20 mulheres da comunidade. Ali, cerca de 10 hectares de floresta foram divididos em 20 quintais florestais com produção de espécies frutíferas e/ou nativas da Mata Atlântica, como umbu, cajá, caju, seriguela, dentre outras, que fornecem frutos para a produção de polpas e doces, ou seja, geração de renda para a comunidade.

    Além disso, foram instalados sistema de captação de água da chuva e de reuso da água doméstica e também um sistema agrossilvipastoril com faixas de árvores nativas integradas ao pasto em ao menos 20 hectares de terra.

    Fogões eficientes: menos desmatamento e mais saúde 

    Em Murici, Alagoas, o Programa Ecomudança permitiu a substituição de 80 fogões tradicionais por fogões ecoeficientes. Os fogões possuem uma tecnologia que reduz a quantidade de fumaça e material particulado inalado pelas pessoas e também uma câmara de combustão hermeticamente fechada que reduz o consumo de lenha proveniente da Mata Atlântica em até 40%. Os fogões, portanto, ajudam a desacelerar o desmatamento, reduzir o consumo de lenha e a melhorar a qualidade de vida das famílias.

    [su_box title=”Saiba mais: Lei da Mata Atlântica” box_color=”#6094a1″ title_color=”#ffffff”]A Lei da Mata Atlântica (Lei n. 11.428)  foi sancionada em dezembro de 2006 e dispõe sobre a conservação a proteção, a regeneração e utilização do Bioma da Mata Atlântica, patrimônio nacional. Veja a lei na íntegra.[/su_box]

    São apenas alguns exemplos para que a celebração desta data não seja marcada apenas pelos dados de sua devastação, mas por bons exemplos que demonstram que iniciativas simples, baratas e provenientes da articulação entre sociedade civil, poder público e privado podem mudar a história de vida da Mata Atlântica daqui pra frente.

    Se você se sente impelido a contribuir com o bioma seja submetendo o seu projeto ou realizando algum tipo de investimento de impacto por meio da sua empresa, entre em contato com o Ekos Brasil.

    Referência:

    MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA. Mapa de Vegetação Nativa na Área de Aplicação da Lei no. 11.428/2006 – Lei da Mata Atlântica (ano base 2009). Brasília: MMA. 2015.

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    Pandemia evidencia importância dos Parques Nacionais para as comunidades ao entorno

    Pandemia evidencia importância dos Parques Nacionais para as comunidades ao entorno

    O Brasil possui atualmente mais de 70 parques nacionais, redutos verdes de preservação da nossa fauna e flora e importantes prestadores de serviços ecossistêmicos essenciais para manter o equilíbrio do nosso planeta e o bem-estar da nossa espécie. 

    Monte Roraima, Chapada Diamantina, Fernando de Noronha, Serra dos Órgãos, Caparaó, Itajaí, Cavernas do Peruaçu, dentre tantos outros, logo encantam seus visitantes com sua vastidão verde, águas cristalinas e bichos de todos os tipos de beleza.

    O que poucos se dão conta é que um Parque Nacional, além de importante para a conservação da biodiversidade, mitigação das mudanças climáticas, dentre tantos outros benefícios ambientais, é também responsável pela manutenção de tradições culturais e, muitas vezes, importante fonte de renda para as comunidades ao entorno.

    Manifestação cultural no Peruaçu

    Direta ou indiretamente ligadas ao Parque, essas comunidades ancoram o seu desenvolvimento econômico a partir da exploração sustentável e conservação da natureza, assim como preservam as heranças de populações tradicionais com histórias, comidas, artesanato, músicas e danças que, apresentadas aos turistas, garantem sua posteridade e ainda boa parte do ganha-pão destas famílias.

    É o que acompanhamos de perto no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, no qual o Instituto Ekos Brasil mantém um acordo de cooperação com o ICMBio desde 2017. O envolvimento com o parque nos aproximou da comunidade local e aproximou ainda mais a comunidade local ao parque, em um ciclo muito sadio de sustentabilidade. 

    Se antes muitas famílias viviam da agricultura e da criação de poucas cabeças de gado, atualmente, com a existência do Parque, muitos trabalham como condutores, com produção de artesanato, cozinha sertaneja ou abriram pousadas e receptivos, gerando uma importante complementação de renda e uma economia mais sólida na região.

    “Muitos dos nossos acordam de madrugada, cuidam do gado, da propriedade e vão para o parque realizar o trabalho de condução de turistas. À tarde, retornam para cuidar novamente da roça. Hoje, um guia (de turismo) ganha entre R$ 150 e R$ 300 por condução de um grupo de turistas (valor bastante considerável para a economia local). E, por isso, as pessoas têm percebido que existe um futuro em proteger e cuidar do parque”, contou Késcia Madureira, dona de uma pousada que abriu em sua própria propriedade rural para receber os turistas do Peruaçu.

    Solange Mota, guia e entusiasta do potencial turístico do parque para as comunidades locais, também evidencia a importância do Peruaçu para manter os jovens nas comunidades, gerar emprego e renda para todas as idades e experiências.

    “Aqui temos uma cozinha sertaneja comunitária e desenvolvemos lá o Turismo de Base Comunitária. Quero que as pessoas entendam que é perfeitamente possível viver do turismo. Afinal, nossa cultura, nossos saberes, nossos sabores, nossa fé, tudo isso gera renda. E para a nossa comunidade, a existência do Parque é fundamental”, afirmou.

    Atualmente, assim como Késcia e Solange, boa parte da comunidade tem sentido os efeitos da pandemia com o fechamento do parque. “Agora, na pandemia, sentimos que a engrenagem que estava girando, parou. Condutores, comunidade, pousadas, todos sentiram a falta que faz o uso público do parque”, ressaltou Murilo Mendes, agente ambiental do Peruaçu e funcionário do Instituto Ekos Brasil. .

    As histórias que contamos são do entorno do Parque Peruaçu, mas não temos dúvidas de que o pandemia impactou todos os parques nacionais do nosso país. Apesar da dura realidade atual, desejamos que os relatos possam servir de conscientização para estimular a visitação dos parques. E por fim, que também seja uma demonstração do nosso apoio e consideração pelas comunidades com as quais convivemos no Peruaçu, que tanto estimamos. 

    Enquanto não é possível visitar pessoalmente o Peruaçu, assista ao vídeo para saber mais sobre esse magnífico parque no norte de Minas Gerais!

     

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    Ekos Brasil assina carta e apoia diretrizes para as Soluções Baseadas na Natureza

    Ekos Brasil assina carta e apoia diretrizes para as Soluções Baseadas na Natureza

    O Instituto Ekos Brasil, se uniu a mais de 70 especialistas, representantes acadêmicos e de organizações não-governamentais ao redor do mundo, e assinou uma importante carta com diretrizes para as Soluções Baseadas na Natureza (NBS, em inglês) endereçada ao presidente da COP261.  

    A carta apresenta quatro princípios de suma importância para proteger e restaurar ecossistemas capazes de promover benefícios para o bem-estar humano e para a biodiversidade, simultaneamente. A assinatura foi feita pela presidente, Ana Moeri, e pela coordenadora de relações institucionais, Ciça Wey de Brito.  

    Portanto, o Instituto Ekos Brasil apoia os quatro princípios endossados na carta e descritos a seguir:

    [su_service title=”Reduzir emissões” icon=”icon: leaf” icon_color=”#6094a1″]

    As soluções baseadas na natureza são ferramentas poderosas capazes de capturar carbono da atmosfera, mas não substituem o corte de emissões de gases de efeito estufa. Do ponto de vista das mudanças climáticas, devemos reduzir rapidamente as emissões de combustíveis fósseis, descarbonizar as economias e também manter, gerenciar e restaurar os ecossistemas de maneira sustentável.

    [/su_service]

    [su_service title=”Conservar e proteger os ecossistemas existentes” icon=”icon: leaf” icon_color=”#6094a1″]Solos intactos, florestas, campos, matagais, pântanos e ecossistemas aquáticos são repositórios vitais de carbono e biodiversidade. No entanto, estamos perdendo-os em um ritmo alarmante. É fundamental proteger esses últimos redutos da natureza.[/su_service]

    [su_service title=”Ser socialmente responsável” icon=”icon: leaf” icon_color=”#6094a1″]Envolver os povos indígenas e as comunidades locais e também respeitar e defender seus direitos e liderança. Contribuir proativamente com modelos econômicos justos e sustentáveis ​​que criem novas oportunidades de emprego, evitando a concorrência com atividades existentes, como a produção de alimentos. A restauração e conservação de ecossistemas só é sustentável quando as comunidades locais se favorecem dos benefícios sociais, econômicos e ecológicos que os ecossistemas fornecem.  [/su_service]

    [su_service title=”Ser ecologicamente responsável” icon=”icon: leaf” icon_color=”#6094a1″]As soluções baseadas na natureza devem ser baseadas em princípios ecológicos rigorosos. A biodiversidade é vital para ecossistemas saudáveis, mais produtivos, resilientes e benéficos. A diversidade de espécies nativas proporciona muitos benefícios como armazenamento de carbono, produção de alimentos e proteção contra inundações, secas e doenças. Já as monoculturas de espécies exóticas ou plantações de baixa diversidade dificilmente proporcionam esses benefícios.[/su_service]

     

    O que são as Soluções Baseadas na Natureza? 

    Framework conceitual da IUCN

    O termo foi cunhado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês) e é definido como “ações para proteger, gerir de forma sustentável e restaurar ecossistemas naturais ou modificados, que abordam os desafios da sociedade de maneira efetiva e adaptativa, proporcionando simultaneamente o bem-estar humano e os benefícios da biodiversidade”.

    Saiba mais nessa publicação da P22.

    De acordo com o site da IUCN, as Soluções Baseadas na Natureza têm como objetivo apoiar a conquista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, protegendo o bem-estar da sociedade ao mesmo tempo em que reflete sobre valores culturais e sociais e aprimora a resiliência dos ecossistemas e sua capacidade de renovação e prestação de serviços.

    Dentre os principais desafios enfrentados pelos princípios das SbN estão a segurança alimentar, as mudanças climáticas, a segurança hídrica, a saúde humana, o risco de desastres e o desenvolvimento social e econômico.

    Por que assinamos a carta agora?

    As instituições que apoiam a assinatura da carta ao presidente da COP26 e seus princípios listados acima entendem que a atual crise pandêmica colocou holofotes no problema ambiental, mas também no potencial das soluções para esse problema com gigantescos investimentos por parte de governos e corporações.

    Nunca como agora, temos acesso a tantas informações, especialmente científicas, para implementar as Soluções Baseadas na Natureza.

    A carta também deve contribuir com o lançamento pela IUCN, no próximo mês de junho, dos novos Padrões Globais (Global Standards) como um benchmark de responsabilidade social e ecológica para governos e agentes civis, após dois anos de consulta em 100 países.

     Se você também deseja apoiar a ação, utilize a hashtag #TogetherWithNature em suas redes sociais.

     

    1. 26a reunião da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). A reunião será realizada no Reino Unido em data a ser confirmada.

    Mulheres protagonizam projetos sociais e ambientais no bioma da Caatinga

    Mulheres protagonizam projetos sociais e ambientais no bioma da Caatinga

    Por Jéssica Fernandes e Cibele Lana

    A Caatinga, em tupi guarani “mata branca” (por sua coloração em épocas de seca) comemora hoje, dia 28 de abril, o seu dia!

    Exclusivamente brasileiro e característico da região Nordeste, esse bioma ocupa 11% do território nacional (844.453 km²) e apresenta uma grande biodiversidade, com destaque para fauna e flora com alta capacidade de adaptação durante os longos períodos de seca. São mais de 900 espécies vegetais, quase 600 espécies de aves e outras 178 de mamíferos e répteis. 

    A Caatinga abriga cerca de 27 milhões de pessoas que dependem de seus recursos naturais para sobrevivência. Com 80% do seu ecossistema original alterado pelo desmatamento e pelas queimadas, esse bioma precisa urgentemente de alternativas sustentáveis que busquem a boa convivência com o semiárido e que combatam a desertificação, um dos maiores problemas que acometem esta região. 

    Duas dessas alternativas são conduzidas pela Associação Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú e apoiadas pelo Programa Ecomudança. Assim como outros, o Ecomudança é um programa que busca promover e implementar tecnologias sociais pelo Brasil a fim de melhorar a qualidade de vida das pessoas. No caso da caatinga, um grande contributo à diminuição do êxodo rural.

    Com o foco em mulheres agricultoras, das zonas rurais e periféricas do Sertão do Pajeú, no interior de Pernambuco, a Associação Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú trabalha em diversas frentes para aumentar a produção de alimento, gerar renda às famílias das agricultoras e proteger o meio ambiente por meio de formações e projetos que envolvem tecnologias sociais. 

    [su_quote]“Nossa atuação se dá em 11 municípios da região em um contexto marcado pela invisibilidade do trabalho das mulheres. Todas as agricultoras fazem o trabalho doméstico e nossa atuação não é reconhecida ou valorizada. Por isso, queremos empoderar as mulheres”, contou Ana Cristina Nobre dos Santos, uma das coordenadoras.[/su_quote]

    Menos cinza e mais verde

    Se tem uma questão que toca a todos na caatinga, e de forma especial às mulheres que zelam pela sobrevivência de suas famílias, é a água. Por isso, a Rede priorizou um projeto de tratamento e reutilização da água cinza, aquela que vai embora pelas pias e ralos e que, na região, pela falta de encanamento e saneamento, é desperdiçada e empoça nos próprios quintais das famílias, causando mau cheiro. 

    O projeto implementou biofiltros e agora a água cinza é reutilizada na rega de plantas frutíferas e nativas, aumentando a produção de alimento para as famílias de cerca de 22 mulheres agricultoras, sem contar os benefícios ao meio ambiente. 

    Elizabete Ferreira Nobre, também coordenadora da Rede não esconde o orgulho de desenvolver projetos com as mulheres da caatinga. [su_quote]“Escolher trabalhar com um público que foi excluído ao longo da história e poder fazer alguma coisa junto com elas é muito bom. E ainda poder cuidar do meio ambiente. Fico muito feliz de ter seguido esse caminho de trabalhar com as mulheres”. [/su_quote]

    Água fonte de vida

    O segundo projeto desenvolvido pela Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú, com o apoio do Ecomudança, atende a um desejo antigo das mulheres da comunidade da região: a proteção das nascentes que abastecem o Rio Pajeú. 

     As nascentes estavam sofrendo com a ação de pessoas que vinham de todos os lugares buscar água e acabavam poluindo e entupindo a fonte. Sem cercamento, os animais também destruíam a mata ao entorno, prejudicando as nascentes.

    Com o projeto, as nascentes foram cercadas e a mata ao redor, reflorestada.

    [su_quote]“Hoje, as mulheres recebem visitas para conhecer as nascentes e destacam a questão ambiental na região. Com elas, já estamos vendo uma política pública junto à Câmara Municipal para proteção dessas áreas”, comemora Ana Cristina.[/su_quote]

    O projeto tinha como foco principal cerca de 22 mulheres, mas o envolvimento foi tão grande que a formação social e ambiental chegou a quase 40 delas.

    [su_quote]“Nesses últimos anos (ao trabalhar nesses projetos), tive a oportunidade de refletir sobre várias questões junto com as mulheres como reflorestamento e soberania alimentar, além de trocar muitas experiências cotidianas e do campo pessoal. Pude realmente conhecer a realidade de cada uma”, destaca Ana Cristina.[/su_quote]

    E então, a ligação que proporcionava a nossa entrevista caiu. Logo depois, chegou a explicação. Um vídeo enviado por elas mostrava uma chuva torrencial que encharcava o solo da caatinga. Um presente especial para comemorar esse dia!

     

    “A caatinga é uma bela adormecida.

    Na seca dorme profundamente.

    No inverno acorda para revelar toda sua beleza cênica.”

    Rosangela Silva

    Fonte dos dados sobre a Caatinga: https://www.mma.gov.br/biomas/caatinga/item/191.html 

    Conservação do solo e sua importância para a biodiversidade e mitigação das mudanças climáticas

    Conservação do solo e sua importância para a biodiversidade e mitigação das mudanças climáticas 

    Por Ciça Wey de Brito 

    Neste ano de 2020 faleceu uma das mais importantes pesquisadoras e difusoras da conservação dos solos no Brasil a Dra. Ana Primavesi, que completaria 100 anos em outubro.

    Ana Primavesi

    Ana Primavesi , nascida na Áustria, veio para o Brasil em 1948 e atuou aqui como engenheira agrônoma e professora da Universidade Federal de Santa Maria, onde criou o primeiro curso de pós-graduação focado em agricultura orgânica. À pesquisadora é também reconhecida a influência para o estabelecimento da agricultura orgânica e a agroecologia.

    A conservação dos solos no mundo e no Brasil não têm sido tarefa fácil! Este imprescindível elemento da natureza, que dá suporte a todas as nossas atividades é o resultado de um longo trabalho da natureza. Para dar uma ideia de como é lenta a formação do solo é só pensar que são necessários cerca de 400 anos para se formar 1 cm (um centímetro) de solo!

    Para que o solo seja criado é necessária a ação da chuva, do vento, do calor, do frio e de organismos (fungos, bactérias, minhocas, formigas e cupins), que ao desgastarem as rochas de forma lenta no relevo da terra, criam partículas (minerais e orgânicas) que vão sendo depositadas em camadas, chamadas de horizontes.

    Estima-se que no mundo cerca de 25% de todas as espécies vivas residam no solo. Em apenas um metro quadrado de solo são encontrados bilhões de organismos e milhões de espécies. Muitas destas espécies não são facilmente visíveis por nós, humanos. Parte delas é de fungos e bactérias, responsáveis por decompor a matéria orgânica do solo, controlar a dinâmica do carbono orgânico e tornam os nutrientes disponíveis para as plantas.  Esta grande variedade de espécies é ameaçada pela intensificação de uso do solo e pelo intensivo de fertilizantes químicos, pesticidas e herbicidas.

    Outro grande problema mundial é a perda de solos por erosão. Em 2019 a ONU alertou para o número superlativo de perda de solos por erosão no mundo – 24 bilhões de toneladas de terra fértil. Além da erosão “roubar” terras cultiváveis, o solo carreado pelas chuvas se deposita nos córregos e rios, deixando-os assoreados e poluídos. A perda de solos pela erosão tem também efeitos econômicos diretos como mostrou estudo da FAO (Food and Agriculture Organization) de 2016. O estudo estimou que  perdas anuais de culturas causadas por erosão foram de 0,3% da produção. A erosão em solo agrícola e de pastagem intensiva varia entre cem a mil vezes a taxa de erosão natural e o custo anual do uso de adubos para substituir os nutrientes perdidos pela erosão chega a US $ 150 bilhões, segundo a organização.

    No Brasil, mesmo a experiência e dedicação da Dra. Primavesi e de outros técnicos e cientistas, que como ela olharam o solo como um ambiente vivo e sensível e pregaram a sua conservação, não foi  suficiente para evitar a degradação desse importante ativo ambiental. No país, temos 60 milhões de hectares de pastagens degradadas!.

    A conservação do solo é um conjunto de princípios e técnicas agrícolas que visa o manejo correto das terras cultiváveis, procura manter a estrutura e fertilidade dos solos e evitar sua erosão. Algumas destas práticas são:

    [su_list icon=”icon: check”]

    • Adubação orgânica
    • Adubação Verde
    • Plantio Direto
    • Agroecologia
    • Rotação de culturas
    • Sistema de Integração Lavoura Pecuária e Floresta (ILPF)

    [/su_list]

    O solo é um ativo ambiental essencial à vida na Terra e sua conservação deve merecer toda a atenção. Ele garante a produção de alimentos, fibra e energia, fornece serviços ambientais essenciais (regulação e abastecimento de água, do clima, conservação da biodiversidade, sequestro de carbono e serviços culturais).

    Como vem alertando o secretário-geral da ONU, António Guterres, recuperar solo de terras degradadas, é também uma arma importante na luta contra a crise climática, uma vez que o setor de uso da terra representa quase 25% do total de emissões globais, e que a restauração de terras degradadas tem o potencial de armazenar até 3 milhões de toneladas de carbono anualmente.

    O Brasil possui reconhecida capacidade técnica de trabalho com seus solos, boa parte focada na melhoraria de fertilidade de alguns deles, notadamente os que suportam o bioma Cerrado, onde boa parte da agropecuária nacional está estabelecida.

    É portanto de se esperar que num país tão dependente da produção agropecuária, esta mesma capacidade de inovação e grandes investimentos possa ser redirecionada, para recuperar a qualidade/capacidade de solos perdida em muitas regiões do país, para intensificar o uso de técnicas de conservação do solos já há muito conhecidas e para apoiar uma mudança necessária do paradigma de uso descuidado deste insubstituível ativo ambiental.

    Que os ensinamentos de Ana Primavesi vivam se espalhem para sempre!

     

    Tecnologias emergentes são aliadas na conservação da biodiversidade 

    Tecnologias emergentes são cada vez mais aliadas na conservação da biodiversidade 

    Cada vez mais se tornam comuns os exemplos envolvendo Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Blockchain, dentre outras tecnologias emergentes na preservação da biodiversidade do nosso planeta. Das savanas africanas, à floresta amazônica, ao meio do oceano, a tecnologia tem se mostrado uma ótima aliada na proteção da natureza.

    Três exemplos bem interessantes foram destaque em um artigo da Revista Planeta. E agora compartilhamos com vocês.

    Internet das Coisas para proteger rinocerontes

    A África do Sul abriga quase 70% dos rinocerontes que restam no planeta. Todas as cinco espécies sobreviventes estão ameaçadas de extinção e cerca de 3 deles morrem todos os dias.

    Uma parceria entre a Universidade de Wageningen, a Prodapt, o provedor de telecomunicações africano MTN e a IBM tem trazido um novo fôlego para os esforços de preservação desses animais com a ajuda de Internet das Coisas.

    Um sistema de sensores personalizados é colocado em outros animais, como as zebras, como sentinelas. Esses sensores são capazes de detectar uma mudança de comportamento quando esses animais se sentem ameaçados. Quando eles reagem à caçadores furtivos, os dados são enviados para uma plataforma e chegam até os responsáveis pela proteção dos animais, que ganham tempo para interceptar a caça ilegal antes que o perigo humano se aproxime dos rinocerontes.

    Inteligência Artificial para identificar o “bloom de algas”

     

    Um grande ameaça ambiental está na proliferação descontrolada de algas em ambientes marinhos. A chamada hipertrofia compreende o crescimento repentino e incontrolável de algas. O risco está no fato de que a família fitoplanctônica é responsável pela produção de 50% do oxigênio terrestre.

    Cerca de 60 espécies tóxicas de algas tendem a se proliferar rapidamente se encontrar um ambiente propício para isso como quantidade de luz, salinidade da água, temperatura e disponibilidade de nutrientes.

    Com o objetivo de prever onde acontecerão as próximas proliferações de algas, uma equipe argentina criou um aplicativo chamado Alquid, capaz de gerar relatórios dinâmicos a partir de informações coletadas por pesquisadores e cidadãos comuns sobre as algas. Os usuários mais experientes têm acesso a injetar dados mais completos e complexos e usuários comuns conseguem enviar fotos e receber informações sobre aquele local, como clima e tipo de alga mais comum.

    O algoritmo, então, comparar dados históricos e atuais extraídos de diferentes fontes ao redor do mundo fornecidos por agências como a NASA, NOAA entre outras públicas e privadas, e assim pode ser capaz de prever onde acontecerá o próximo bloom de algas.

    Blockchain para rastrear alimentos e incentivar agricultura sustentável

    Essa tecnologia já está até bastante disseminada no Brasil. A medida que cresce a exigência do consumidor por produtos frescos e também pela responsabilidade das empresas com toda a cadeia produtiva, a tecnologia de blockchain ganha importância nesse cenário, especialmente para grandes varejistas.

    Aqui no Brasil Carrefour e Walmart, por exemplo, já disponibilizam em algumas linhas de produtos um QR Code de rastreio de toda a cadeia produtiva. Assim, o próprio mercado e os consumidores podem conferir o número do lote, o modo de criação dos animais, os cuidados, o transporte e a variação de temperatura durante o deslocamento, além do nome do criador. Dessa forma, a tecnologia incentiva cada dia mais uma agricultura mais sustentável, que privilegia o pequeno produtor e o tratamento dos animais.

     

     

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