Tecnologias emergentes são cada vez mais aliadas na conservação da biodiversidade
Cada vez mais se tornam comuns os exemplos envolvendo Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Blockchain, dentre outras tecnologias emergentes na preservação da biodiversidade do nosso planeta. Das savanas africanas, à floresta amazônica, ao meio do oceano, a tecnologia tem se mostrado uma ótima aliada na proteção da natureza.
Três exemplos bem interessantes foram destaque em um artigo da Revista Planeta. E agora compartilhamos com vocês.
Internet das Coisas para proteger rinocerontes
A África do Sul abriga quase 70% dos rinocerontes que restam no planeta. Todas as cinco espécies sobreviventes estão ameaçadas de extinção e cerca de 3 deles morrem todos os dias.
Uma parceria entre a Universidade de Wageningen, a Prodapt, o provedor de telecomunicações africano MTN e a IBM tem trazido um novo fôlego para os esforços de preservação desses animais com a ajuda de Internet das Coisas.
Um sistema de sensores personalizados é colocado em outros animais, como as zebras, como sentinelas. Esses sensores são capazes de detectar uma mudança de comportamento quando esses animais se sentem ameaçados. Quando eles reagem à caçadores furtivos, os dados são enviados para uma plataforma e chegam até os responsáveis pela proteção dos animais, que ganham tempo para interceptar a caça ilegal antes que o perigo humano se aproxime dos rinocerontes.
Inteligência Artificial para identificar o “bloom de algas”
Um grande ameaça ambiental está na proliferação descontrolada de algas em ambientes marinhos. A chamada hipertrofia compreende o crescimento repentino e incontrolável de algas. O risco está no fato de que a família fitoplanctônica é responsável pela produção de 50% do oxigênio terrestre.
Cerca de 60 espécies tóxicas de algas tendem a se proliferar rapidamente se encontrar um ambiente propício para isso como quantidade de luz, salinidade da água, temperatura e disponibilidade de nutrientes.
Com o objetivo de prever onde acontecerão as próximas proliferações de algas, uma equipe argentina criou um aplicativo chamado Alquid, capaz de gerar relatórios dinâmicos a partir de informações coletadas por pesquisadores e cidadãos comuns sobre as algas. Os usuários mais experientes têm acesso a injetar dados mais completos e complexos e usuários comuns conseguem enviar fotos e receber informações sobre aquele local, como clima e tipo de alga mais comum.
O algoritmo, então, comparar dados históricos e atuais extraídos de diferentes fontes ao redor do mundo fornecidos por agências como a NASA, NOAA entre outras públicas e privadas, e assim pode ser capaz de prever onde acontecerá o próximo bloom de algas.
Blockchain para rastrear alimentos e incentivar agricultura sustentável
Essa tecnologia já está até bastante disseminada no Brasil. A medida que cresce a exigência do consumidor por produtos frescos e também pela responsabilidade das empresas com toda a cadeia produtiva, a tecnologia de blockchain ganha importância nesse cenário, especialmente para grandes varejistas.
Aqui no Brasil Carrefour e Walmart, por exemplo, já disponibilizam em algumas linhas de produtos um QR Code de rastreio de toda a cadeia produtiva. Assim, o próprio mercado e os consumidores podem conferir o número do lote, o modo de criação dos animais, os cuidados, o transporte e a variação de temperatura durante o deslocamento, além do nome do criador. Dessa forma, a tecnologia incentiva cada dia mais uma agricultura mais sustentável, que privilegia o pequeno produtor e o tratamento dos animais.