“O Cerrado é de uma riqueza que o seu povo não conhece”
Berço das águas e coração do país, quem vive no Cerrado sonha com um Brasil que zele pela vida que brota do bioma.
“Acho que minha história mais forte com o Cerrado é a de viver nele, de conviver com ele”. Nas palavras de Adalberto Gomes dos Santos, agricultor extrativista e Diretor da Coopcerrado, encontramos a proximidade, beleza e simplicidade de quem reconhece que não há palavras tão grandiosas para descrever o berço das águas brasileiras e o coração do nosso país: o Cerrado.
Para termos uma dimensão de sua grandeza, oito das 12 principais regiões hidrográficas do Brasil têm suas nascentes no bioma. E como se já não bastasse para ilustrar sua singular importância, dele surgem as nascentes dos rios que formam o Pantanal, o “reino das águas”.
Então, não é à toa que Adalberto, que vive no e do Cerrado, especificamente no município de Lassance, centro de Minas Gerais, diz que “ele é a caixa d’água do nosso país”.
Adalberto Gomes dos Santos, agricultor extrativista e Diretor da Coopcerrado.
Além da riqueza de belezas naturais – reflexos da diversidade de frutas, plantas, animais, veredas e grandes rios – a região proporciona às pessoas que vivem nele fortunas grandiosas de culturas, saberes e sobrevivência usando os recursos naturais sem destruir e, nas palavras do agricultor, “até multiplicando-os.”
“O Cerrado é de uma riqueza que o seu povo não conhece, só aqueles que vivem nele que conhecem um pouco, não tudo. Mas o Brasil precisava conhecer para valorizá-lo mais e saber o quanto ele é importante para o planeta.”
Para ele, viver da terra o fez conhecer este gigante das águas, defendê-lo, enxergar tantos recursos, belezas e qualidades, e ter um olhar especial também à natureza como um todo. Hoje, Adalberto enxerga que o maior desafio para quem vive na região é mantê-la de pé, já que poucas são as iniciativas que defendem e preservam o bioma.
Entretanto, para o futuro, tem a expectativa de que a sociedade conheça seu valor e a sua importância. “E que tenhamos políticas públicas que consigam defender esse bioma tão importante para a humanidade”, acrescenta com esperança.
São histórias de pessoas como Adalberto que nos fazem acreditar que temos apoiadores em todos os cantos. O Instituto Ekos Brasil atua para que o nosso país zele e preserve a vida que brota do Cerrado.