Energia limpa: de “alternativa” à principal até 2030?
Alguns governantes podem até jogar contra o meio ambiente, mas é certo que a lei do mercado tem impulsionado planos de negócio movidos a energia verde no mundo todo e a perspectiva é que até 2030 elas sejam mais utilizadas do que os recursos fósseis.
E são fatos que não nos deixam mentir.
Na Europa, as fontes renováveis de geração de energia elétrica superaram as fontes derivadas de petróleo em 2019.
Nos Estados Unidos, não obstante Donald Trump, aconteceu algo semelhante. Enquanto as energias solar, hídrica e eólica geraram 23% da energia, aquela gerada por carvão supriu 20%.
De acordo com a consultoria britânica Wood Mackenzie, 2035 será o ano da virada. A partir dessa data, a escolha por fontes limpas será prioritária para qualquer tipo de projeto no mercado: indústria, comércio, transporte, etc.
A boa notícia é que o Brasil também tem o que comemorar. Por aqui, grandes empresas também começam a atuar seus princípios de responsabilidade ambiental, pressionadas pelos consumidores, e podem ajudar a virar esse jogo.
Já temos notícias de fábrica de bebidas que construirá 31 usinas solares até 2020, outra que inaugurou no Ceará um parque eólico para abastecer o consumo de energia de suas fábricas, que deverá ser 100% limpa até 2023.
E tem mais.
Graças às boas condições climáticas, o Nordeste recebeu investimento de empresas estrangeiras e o estado do Piauí agora terá tanto o maior parque eólico da América do Sul, quanto o maior parque solar do mundo.
De acordo com o Caderno ODS7, cerca de 41 mil novas usinas de energia solar foram instaladas no Brasil em 2 anos. Entre 2016 e 2018, a capacidade instalada no Brasil foi de 0,1% para 1,4% de toda a matriz energética nacional.
Sem contar no avanço dos carros elétricos. Em 2025, a frota deve superar 130 milhões de veículos quando esses modelos podem ser mais baratos do que os à combustão, de acordo com a Agência Internacional de Energia.
Enquanto alguns governos patinam em medidas por um mundo mais sustentável, algumas empresas e sociedade parecem bem decididas a virar esse jogo. Será o suficiente?