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Ekos Brasil participa de programa de rádio sobre áreas verdes de São Paulo

Cibele Lana 26 abr 2019

Ekos Brasil participa de programa de rádio sobre áreas verdes de São Paulo

 

Na última semana, nossa diretora de relações institucionais, Ciça Wey de Brito, participou do programa Metrópole em Foco, veiculado na rádio Trianon.

Na pauta, as áreas verdes da cidade de São Paulo, com foco nas concessões dos parques públicos, tema bastante em voga na maior capital do Brasil nesse último período.

Participaram também do programa o primeiro promotor de justiça do meio ambiente de São Paulo, Carlos Henrique Prestes Camargo, a arquiteta e urbanista Luciana Muramaki e o líder do movimento Chácara do Jockey, Renato Mancini.

Na entrevista, Ciça destacou que não há uma posição ideológica contra as concessões dos parques e que existem modelos bem feitos a serem replicados.

O que o promotor Camargo destacou foi que qualquer concessão de parques deve ser feita apenas mediante um Plano Diretor e isso não estava sendo feito em São Paulo. Não havia clareza no processo. O uso dos parques para motivos econômicos estava superando a razão de ser dos mesmos. “Palavras relacionadas à economia, motivos econômicos, apareciam cerca de 40 vezes. Já palavras como meio ambiente, fauna e flora, cerca de 9 vezes”, pontuou o promotor.

Ciça acrescentou que governo e sociedade precisam entender que as áreas verdes têm valores econômicos, mas não só. Elas são responsáveis pela saúde da cidade, com controle de poluição, barreiras contra ventos fortes, produção de água, etc. E destacou o quanto a cidade gasta com problemas de saúde, desastres, que poderiam ser evitados com a manutenção de mais áreas verdes.

“São Paulo desde que se urbanizou, desde que conseguiu construir uma série de áreas planejadas, teve esse processo voltado a mobilidade de carros. Hoje, o que as pessoas enxergam como áreas verdes são aqueles pedaços de grama entre as avenidas”, destacou Ciça.

Enquanto opções de lazer ficam cada vez mais caras na cidade, como cinemas, shoppings, acesso a teatros, etc, não há a devida preocupação com os parques e com o acesso a eles.

Nesse sentido, os participantes foram unânimes em destacar o papel da própria população que precisa se mobilizar mais, resgatar a própria cidadania para ser um agente ativo, junto aos governos, na conservação das áreas verdes. E para que isso aconteça, é preciso que os meios de comunicação, especialmente, dêem voz às ações que existem hoje, seja uma horta, uma feira, a recuperação de uma praça para que os exemplos se multipliquem.

Já para o final da entrevista, os convidados discutiram também a realização de shows e eventos públicos dentro de parques, que estavam previstos nos contratos de concessão sem nenhuma regulamentação.

Um problema grave, já que os ruídos e a interferência humana acabam afastando animais, fazendo com que pássaros deixem os ninhos, gambás sejam atropelados em avenidas ao fugir, etc.

Por isso, lembraram que cada área verde na cidade importa e qualquer interferência nela, provoca sérias desordens à biodiversidade.

Por fim, Ciça lembrou uma frase que seu pai dizia a ela: “Quanto tempo leva para varrer a cidade de São Paulo?”

Enquanto muitos se perdem em números gigantescos, o pai de Ciça lembrava que bastava apenas 10 minutos. “Se cada um varrer a própria calçada, resolve”.

 

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